Capítulo 19

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Any Gabrielly Soares Point Of View

Puxei o cobertor até meus ombros e bocejei, suspirei quando meu celular despertou. Me sentei e olhei em volta, o quarto estava escuro, estiquei os braços para cima e joguei o cobertor para o lado, pus os pés no chão e saí da cama indo até as janelas do meu quarto, abri as cortinas e fechei os olhos rapidamente.

— Droga... Burra do caralho. — Resmunguei para mim mesma, voltei a abrir os olhos novamente me acostumando com o sol.

Abri o resto das cortinas e segui para o banheiro, tirei minha camisola preta e minha calcinha, liguei o chuveiro e logo entrei, fechei os olhos assim que a água bateu em minha cabeça.

Meu banho foi rápido, escovei os dentes e com o roupão e a toalha em minha cabeça segui para o closet. Hoje eu teria que voltar para a empresa e resolver alguns assuntos da empresa. Abri a enorme porta que na verdade é um espelho, olhei para as roupas que estavam em cabides, outras dobradas e em gavetas. Peguei uma peça íntima da cor azul marinho e vesti, fiquei apenas com a lingerie e com a toalha ainda na minha cabeça, cruzei os braços tentando encontrar uma roupa. Resolvi pegar uma qualquer e assim fiz, me vesti e peguei minha bolsa, verifiquei se minhas coisas estavam ali e peguei meu celular, desci e fui para a cozinha onde meu filho e minhas irmãs conversavam.

— Bom dia. — Sorriram assim que falei. Beijei a cabeça do meu filho que beijou minha mão, fui até as minhas irmãs e beijei a bochecha de cada uma.

— Bom dia, maninha. — Sabina me entregou uma xícara com café, me sentei ao lado de Anthony e coloquei a bolsa na outra cadeira.

— Decidiu não matar ninguém hoje? — Franzi o cenho para Nour e ela riu. — Nada tão chamativo.

— Ah, não sabia o que vestir então peguei essa. Ficou ruim?

— Não, você está linda. — Sorri para ela.

— Savannah não vai descer? — Sabina perguntou.

— Hum... — Bebi o café passando os olhos rapidamente pelo celular verificando o e-mail que Mélanie havia mandado ontem. — Ela foi embora.

— O que? Por que? — Nour perguntou confusa.

— Não sei, ela agradeceu pela hospitalidade e pelo cuidado, disse que ficaria bem e pediu desculpas por qualquer coisa. Ela disse que sente muito por não ter se despedido de você. — Toquei o rosto do meu filho que suspirou e assentiu comendo o cereal. — Quem te deu cereal?

— A titia falou que eu poderia. — Apontou para Sabina que também estava comendo cereal, ela sorriu mostrando todos os seus dentes e eu revirei os olhos.

— Querido, Nathan virá ajudá-lo com sua roupa para a festa beneficente.

— Eu irei? — Franziu o cenho e eu fiz o mesmo.

— E porque não iria? Estará seguro lá e sem contar que será para ajudar a polícia de Chicago. — Assentiu animado. — Mas você sabe as regras...

— Nada de falar sobre nós e nada de sair de perto. — Resmungou.

— Isso. — Beijei sua bochecha. — Prometo que logo isso vai acabar e podemos falar pra todo mundo que você é o meu filho. — Ele sorriu e assentiu.

— Com licença, senhora Soares. — Olhei para o mordomo, um senhor alto e magro, ele usava um smoking e luvas na mão.

— Algum problema?

— Um jovem deseja falar com a senhora. — Franzi o cenho e levantei, falei para as minhas irmãs esperarem que logo voltaria, segui o mordomo até o lado de fora casa e vi através das grades do portão o jovem sentado sobre a moto, os seguranças se aproximaram com armas em mãos.

Chicago | Versão SavanyOnde histórias criam vida. Descubra agora