Capítulo 16

433 32 19
                                    

Any Gabrielly Soares Point Of View

Sai de cima de Diarra e ela ainda rindo se levantou, ela não parava e aquilo estava me deixando estranhamente feliz por ouvir. Ela se apoiou nos joelhos e respirou fundo tentando conter o riso, ela ajeitou o cabelo que agora estava em belas tranças e solto.

— O que faz aqui? Meu Deus, eu poderia ter te matado. — Ela soltou uma risadinha e negou.

— Eu vim fazer uma visita e eu sei que não me mataria. — Debochou. — Achei que ganharia um abraço e não uma quase morte. — Acabei rindo antes de abraçá-la.

— Isso só aconteceu porque você tentou bancar a perseguidora, deveria ter falado que estava aqui. — Nos afastamos.

— Aí não seria uma surpresa pro meu garoto preferido. — Saímos do tanque dos pinguins e procuramos por Anthony e os seguranças que estavam em volta dele, ele procurava por mim e assim que me viu correu se desvencilhando dos seguranças, mas parou assim que viu Diarra e sorriu.

— Diarra! — Ela abriu os braços para recebê-lo, fazendo o garoto abraçá-la tão forte que pude ver ela arregalar os olhos levemente.

— Senhora, está tudo bem? — Um dos seguranças perguntou assim que se aproximaram.

— Está, era só uma amiga tentando me matar de susto. — Eles assentiram e deram uma rápida olhada para Diarra que sorriu debochada.

— Quando chegou? — Meu filho tinha Diarra como uma melhor amiga, ele ama aquela mulher e sempre diz que ninguém nunca iria tomar o lugar dele de pessoa preferida, claro, sem ser da família, mas de qualquer jeito Diarra era da família.

— Ontem. — Arquei a sobrancelha e ela deu de ombros. — Como estava cansada não pude ir direto vê-los e resolvi seguir vocês hoje.

— Então era você… — Anthony riu e Diarra assentiu sorrindo. — Legal! — Rimos. — Agora você pode nos acompanhar no resto do dia.

— Seria ótimo! — Falou animada e me encarou.

— Então vamos terminar nosso passeio e depois iremos para um restaurante comemorar sua chegada. — Falei enquanto abraçava meu filho pelos ombros e Diarra segurava a mão dele.

— Sabia que minha companhia era importante aqui. — Falou convencida arrancando reviradas de olhos de mim e de meu filho, ela gargalhou e beijou nossas bochechas. — Vamos lá, não gosto muito de tubarões. — Olhou para o aquário e Anthony sorriu de lado.

— Já contei que eles sentem cheiro do medo e que perseguem as pessoas em sonhos? — Ela perguntou e Diarra o encarou, segurei o riso.

— Isso é verdade? — Me encarou e eu acabei rindo com Anthony. — Isso não tem graça, vocês são ridículos. — Resmungou enquanto nos afastamos daquele corredor.

Beijei a testa de Anthony que sorriu animado e engatou em uma conversa com Diarra, verifiquei o celular e tinha uma mensagem de Nour, elas estavam bem e em breve estariam em casa. Mandei tomarem cuidado e ela respondeu com "Sempre tomamos, maninha". Suspirei, guardei o celular e fui acompanhar meu filho e Diarra.

Diarra sorriu pra mim assim que cheguei perto deles e retribui, ela sempre foi assim, nunca deixou de sorrir e eu admirava isso nela, até porque ela me ajudou bastante em esconder minha dor atrás de um sorriso.

— Senhora. — Olhei para um dos seguranças que me chamou, ele se aproximou e falou o mais baixo possível. — O senhor Beauchamp ligou e disse que a senhora deveria encontrá-lo. — Franzi o cenho. — Ele disse que é algo sobre a noite passada.

Savannah.

— Avise ao senhor Beauchamp que a noite encontro com ele. — Ele apenas assentiu, me afastei e suspirei. — Que droga, Savannah… — Sussurrei e fui para onde meu filho explicava sobre os pinguins para Diarra e prestei atenção também, eu amava quando ele ficava horas e horas falando. Era minha calmaria.

Chicago | Versão SavanyOnde histórias criam vida. Descubra agora