Chicago | Versão Savany

Capítulo 10

deem play na música quando for pedido :)
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Hina Yoshihara Point of View

Arrumei as coisas da última caixa, olhei em volta e o novo apartamento parecia maior. Havia virado a noite arrumando tudo, minha cabeça iria explodir de tanta dor e falta de sono.

Eu ainda não havia recebido outra cabeça ou algo do tipo, pelo visto Hiram só queria me assustar. Diarra, quer a cabeça de Any, ela ainda acha que foi a Soares que roubou seus negócios.

Só entrei nessa bagunça para ajudar a minha irmã, ela virá para Chicago e preciso de bastante dinheiro para cuidar dela e se tudo der errado aqui, ir embora para o mais longe possível com ela.

Estava quase pegando no sono quando alguém tocou a campainha, fiquei com medo e suspirei indo até a porta e olhei pelo olho mágico. Era um homem moreno, alto e vestia um terno preto. Percebi que não era apenas ele, ele falava com mais de uma pessoa.

Corri para o quarto e tranquei a porta, minha respiração estava ofegante e meu coração acelerou mais ainda quando ouvi o barulho da porta sendo quebrada. Peguei meu celular na bolsa, iria ligar para a polícia, mas o cartãozinho que Noah havia me dado caiu e eu engoli o seco.

"Esse número vai te salvar"

— Espero mesmo. — Sussurrei e disquei o número, não demorou muito para atenderem.

— Hina.

Franzi o cenho, era Any. Logo ouvi outro barulho e me assustei.

— A-Any alguém invadiu o meu apartamento.

— Não sai de onde estiver, estou indo.

— Eu n-não quero morrer... — Choraminguei.

— Você não vai! — Ela falou ofegante, parecia que estava correndo. — Nour! Sabina! Hina precisa de ajuda! Hina fica calma, vamos até você o mais rápido possível ok?!

— O-Ok.

Desliguei e fui para debaixo da cama, eu que não correria o risco de esperar Any e as irmãs dela, vai que esses caras entram em meu quarto e me mata antes delas chegarem. Fiquei em silêncio, estava tentando normalizar minha respiração quando ouço a porta do quarto abrir.

Engoli o seco e apertei o celular em minhas mãos, tampei a boca com uma das mãos, eu queria chorar, gritar por socorro, mas se fizesse isso provavelmente eu morreria antes de conseguir ajuda.

— Eu sei que você está aqui! Hiram quer sua cabeça. — Ele soltou uma risada enquanto caminhava pelo quarto. Vi seus sapatos pretos batendo contra o piso do quarto, ele parou de frente para cama e eu comecei a tremer.

Foi então que ouvi o barulho da porta de entrada novamente sendo aberta com brutalidade. Suspirei aliviada quando ouvi a voz de Any.

— Olá rapazes. — Ouvi quatro disparos e fechei os olhos. Ouvi os passos do homem que estava no quarto indo até a porta, mas logo ouvi o homem gemer de dor.

— Sua vadia... — Arregalei os olhos assim que o homem caiu no chão de olhos abertos e a mão do pescoço. Haviam cortado sua garganta.

— Hina. — Any se abaixou e olhou para baixo da cama, engoli o seco e ela esticou a mão. Sua mão não tinha uma gota de sangue. — Venha, está tudo bem agora. — Neguei. — Confie em mim, está tudo bem.

Hesite em segurar sua mão, mas logo fiz e ela me ajudou a sair dali. Quando olhei para frente suas irmãs estavam ali, logo atrás deles havia quatro homens sérios e enormes, além de que estavam armados e um deles segurava a faca ensanguentada. Apertei a mão de Any que fez sinal com a cabeça para eles guardarem as armas, ela suspirou e me fez a encarar.