Chicago | Versão Savany

Capítulo 24

MEU JOGADOR FAVORITO E MEU BEBÊ VÃO SER PAIS, SE UM DIA EU FUI TRISTE NÃO ME LEMBRO
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Savannah Clarke Point Of View

Tirei os dois envelopes que estavam na gaveta da minha mesa, coloquei em cima da mesa e passei as mãos no rosto. Eu realmente não queria ver o que tinha ali dentro, mas agora eu não estou ligando muito se vai ou não estragar a reputação de Any. Estou cansada de ser apenas um brinquedo pra ela, se isso era a vingança dela, parabéns, não deu certo. Não comigo.

Tenho pena do noivo dela, ele parece ser alguém legal. Nunca pensei que Any fosse seguir em frente depois do que tivemos, tudo bem que no colegial não passou nada mais do que um beijo. Eu sentia tantas coisas por ela, mas nunca fui de falar pra ela, mesmo ela falando que estava apaixonada.

Any mudou, ela simplesmente virou uma vilã de filme. O corpo dela tem várias cicatrizes, o rosto está diferente, posso dizer porque eu a observava todos os dias e aquele não é o rosto de quem eu tinha me apaixonado, muito menos é a pessoa por quem eu tinha carinho. Ela e as irmãs estão com ódio, fervem de raiva e eu sinto que estão prestes a botar fogo em Chicago.

Ainda com os dois envelopes na minha mão, levantei e empurrei o armário de livros, atrás dele estava o meu painel. Fotos da família de Any, das empresas, dos amigos, notícias de jornais do acidente deles e jornais recentes, abri um dos envelopes e lá estava fotos da Any em Chicago há um ano.

— Então ela estava em Chicago há um ano? — Me virei para Hiram que estava sentado na poltrona e assentiu.

— Ela voltou muito aqui. Ela deveria estar observando tudo e estudando como voltaria para casa.

— Pode ser. — Coloquei as fotos no painel. Abri o outro envelope, alguns papéis sobre empresas que nem tinham nomes.

— Essas empresas estão no nome do pai dela, nunca se ouviu falar, provavelmente é algum tipo de fachada para vender armas. — Soltei uma risadinha.

— Ela realmente é uma vilã.

— Eu falei pra você, estou apenas tentando fazê-los pagar pelos pecados dos pais.

— Você não me falou quais os pecados.

— Os pais deles mataram minha família. — O encarei. — Meu pai estava em um acordo com eles, mas então meu pai disse que não queria mais vender as empresas dele já que deixaria para o filho. Eles não aceitaram muito bem e bom, mataram meu pai. Na minha frente. — Suspirou.

— Eu sinto muito.

— Tudo bem, você está me ajudando e isso já é tudo. — Sorriu e piscou.

— Tem mais alguma coisa sobre eles?

— Any tem uma tatuagem na costela, não é?! — Assenti, ele levantou com o celular em uma mão e o cigarro de maconha na outra, me deu o celular onde havia uma foto de um grupo grande de homens. — Encontrei esses caras com a tatuagem que tem mesma descrição da que você me falou. Eles são bastante conhecidos, são mafiosos e sinceramente, não acho que a pobre Any seja mafiosa.

— Talvez seja apenas uma tatuagem comum. — Dei de ombros e ele assentiu. — Estou quase conseguindo descobrir o que Any quer em Chicago. Não pode ser apenas vingança.

— E o que você quer fazer? — Me encarou.

— Vamos acabar com o show dela.

[...]