Boa leitura a quem ler.
Comentem ao longo dos parágrafos. Deixem suas opiniões e o que pensaram na hora. Essa fic é um exercício de pensamento.
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POV Billie Eilish
Uma mansão, que eu nunca entraria na minha antiga vida, com pessoas que nunca encontraria, nunca dividiria o mesmo espaço.
Jovens ricos e mimados. Moças querendo se dar bem e vivendo no limite, em um flerte com um monstro bíblico.
A mansão é o velho padrão: grande, luzes amareladas, corredores eternos e escadas intermináveis.
Uma mesa cara é onde linhas brancas são escritas e apagadas por rostos bonitos. O acompanhamento são bebidas finas e envelhecidas, com fumaça no ar e o grave de algum Trap. Troco para um hard rock, eles choramingam.
- Algum problema? - eu pergunto.
Escuto como seus corações perdem o ritmo e aceleram, ainda mais. Suas expressões ficam receosas.
- Não. Essa música é bem legal - diz um deles, o rapaz com o cabelo que parece um capacete.
- ótimo - respondo neutra.
A atenção de seus olhos é temporária. Suas mentes os levam para o loop anestesiante das drogas.
Eles começam uma jornada para abandonarem as roupas no chão. Buscam contextos e desculpas para algo que todos sabiam que aconteceria. Todos sabiam para o que estavam aqui: drogas e sexo.
Sento em uma poltrona como uma observadora. Bebo um vinho suave de alguns milhares de dólares.
Os corpos transpiram e se misturam com a fumaça de narguilés, de bongs. As luzes amareladas e vermelhas brilham em seus corpos. Ecstasy entra na jogada. Após alguns minutos eles se tornam eufóricos.
Uma mulher sem nome, com cabelo loiro e olhos de vidro, engatinha, descansa sua cabeça em minha coxa como uma gata manhosa. Puxa-me pela gola da camisa, meus lábios tocam os dela, eu a olho de cima.
- vá com seus amigos. – eu sussurro para ela.
- Você não vai se juntar a nós? Vai perder toda a diversão?
- Talvez você deva me fazer querer participar.
Sua mão desliza para o zíper. As unhas longas dificultam sua agilidade e ela tem uma respiração ofegante por causa da coca.
Sua ação é curiosa quando ela fica fascinada com a textura da minha pele e da minha calça. A maquiagem, em seus olhos, dá-lhe um olhar carregado e profundo e aumenta a impressão dos seus olhos de boneca vazia. Os cílios postiços tremem quando ela engasga comigo em sua boca.
As mãos deslizam por minhas coxas. Noto como ela tinha pequenas tatuagens no dorso da mão e entre os dedos, talvez para encobrir as pequenas cicatrizes circulares – feitas por cigarro, provavelmente.
Os olhos azuis encontram os meus, mas ela não está lá. Olha-me e não me vê.
Seus lábios deslizam e apertam ao meu redor e a língua tenta me circundar como um píton ao redor da presa.
Ela atrita os dentes – o que me deixa sem fôlego.
- Faça de novo.
Ela me arranha com os dentes em movimentos rápidos.
Dou mais um gole no vinho enquanto reclino a cabeça na poltrona. Isso é muito bom. Tão perto daquele momento em que nada existe.
Minha mão aperta o braço da poltrona, o que acaba por quebrar a madeira com um som alto e estalado. O pedaço se esfarela em minha mão.
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Leviatã G!P Intersexual
General FictionUm prédio abandonado, um revólver que não falharia. Nada poderia dar errado, certo? Porém, eu volto do vazio da Morte, com poderes para destruir o Mundo que é entregue. Eles desejaram que alguém como eu nunca existisse. Agora, eu retornei das pro...