6- Doce e cavalgada

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Olá, seus normies!!

Como vocês estão?

Força aí.

Vocês estão sendo muito legais comentando aqui e me mandando mensagens de incentivo.

Não esqueçam de ir comentando ao longo do capítulo. Adoro ler a reação de vocês, suas piadas e observações, ao longo do capítulo. Conseguiram encontrar as palavras-chaves que se repetem??

Notei uma quantidade pequena de estrelinhas para uma média de 30 leitores. Qual'é!!

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FLASHBACK E SONHO ON - BILLIE EILISH (LEVIATÃ)

O céu era cinzento e o chão era coberto de pequenas pedras. Os trilhos de metal eram frios, o mato crescido morria pela ameaça do outono.

Os pés infantis estavam descalços no meio do lixo que enfeitava os trilhos com suas cores desbotadas e sua composição: plástico, vidro, metal, madeira e espuma.

Uma menininha na primeira infância, com longas madeixas loiras desalinhadas, fazia de seus olhos, um oceano em tormenta, que sacudia as águas profundas e fazia os navios naufragarem.

Os olhos azuis estavam perdidos olhando em busca de quem havia deixado-a ali, sua mãe. A adulta parecia ter sumido por uma eternidade - a menina não saberia dizer o tempo, nem para onde a mãe fora ou muito menos onde morava.

A coisinha vagava na beira dos trilhos, somente com uma camisa de adulto cinza cheia de buracos - pelo tamanho do ser humaninho, ela poderia ser confundida com um bicho de rua, um ser que não seria humano. Porém, o choro era humano, era alto e cheio de desespero e dor.

Ela gritava : mamãe! mamãe!

O que atraiu os ouvidos de um grupo de trabalhadores que iriam para o ponto de embarque e desembarque.

O grupo chegou para ajudar, mas a criança era desconfiada e arisca - como um bichinho selvagem. Uma mulher lhe ofereceu uma barrinha de algum alimento, o que fez a criança exitar, até ser traída pelas necessidades basais.

Ela aceitou o colo. Quando notou, estava em uma sala cinza com homens e mulheres de farda azul escura. Ela não gostava de perguntas, e mal sabia falar.

As luzes da sala começaram a ficar instáveis, piscavam de forma imperceptível, até... que seu intervalo se tornou frenético.

As vozes das pessoas de farda azul se tornaram distorcidas, ora muito graves e gulturais, ora agudas e ressoantes como um sino.

A criança correu para a porta, que estava veemente trancada. Ela gritou por ajuda, mas os adultos a olhavam e passavam direto. Então, uma voz familiar soou...

- Olá.

Ela não ousou olhar para trás, porém já era tarde demais, o ser a puxou pelo calcanhar e o chão se abriu, engoliu ambos.

Então não era mais uma garotinha, era uma pré-adolescente em um labirinto com paredes de trailers encardidos e velhos, destruídos em sua própria decadência. O céu era negro, cortado por raios vermelhos e a luz que vinha dessa eletricidade rubra pintava todo o caminho - como se sangue estivesse, constantemente, sendo espirrado.

Ela corre e corre.

Os trailers ficam bambos e começam a cair atrás dela. Não há saída, não há escapatória.

Uma luz brilha.

Uma linda luz branca e rosa, que tremeluz vindo de uma fonte desconhecida. Ela corre pela curva do labirinto, em direção à luz. Dela, enxerga-se uma silhueta feminina que lhe estende a mão. A pré-adolescente agarra como se sua vida dependesse dela.

Leviatã G!P Intersexual Onde histórias criam vida. Descubra agora