He Will Let Me Go.

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Olá, olá. Tio Luke tem um pedido especial para vocês, ok? Bom, eu peço que ouçam a música "Train Wreck" do James Arthur assim que lerem a palavra "play" entre parênteses. É só para ajudar com o clima da história, sacam? Bom, é isto. Boa leitura!

Na saída do hospital, caminhei ao lado de papai em silêncio total, ainda tentando digerir e entender tudo o que o doutor Balthazar me disse. Não é fácil saber que você pode nunca lembrar de metade da sua vida. Dean e minha mãe estavam à frente, eles conversavam baixo um com o outro. Quer dizer, minha mãe falava e Dean apenas ouvia.

Era muito curioso ver os dois dessa forma, pareciam tão íntimos, como grandes amigos de anos. Me perguntei em qual momento Dean conseguiu a proeza de conquistar a minha mãe assim, eu lembrava do quão protetora ela era na minha adolescência em relação aos garotos que tentavam se aproximar de mim para terem um relacionamento. E, agora, a dona Naomi parecia amar Dean de um jeito tão verdadeiro.

Como se fossem mãe e filho.

— Cassie. – papai me chamou antes de nos despedirmos. Olhei para ele esperando que continuasse. — Pelo menos hoje, por favor, tente ser mais amigável com o seu marido.

Senti vontade de fazer careta pela maneira em que se referiu a ele, mas, ainda estava atordoado demais com as notícias para ter alguma objeção. Sorri para meu pai e o abracei.

— Eu prometo que me esforçarei.

Disse em seu ouvido e o ouvi suspirar alisando a base de minhas costas. Ele me apertou mais contra si e depositou um beijo no topo de minha cabeça.

— Vai dar tudo certo, príncipe.

Ele tentou soar confiante, embora sua expressão facial entregasse o quão receoso ele estava. Abri um sorriso amarelo e apenas acenei com a cabeça.

Espero mesmo que dê tudo certo, papai... E como espero!

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❖ ══ Stupid Husband ══ ❖

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Dean passou o caminho inteiro calado, agora estávamos em frente à casa que dividimos e eu estava esperando que ele dissesse algo ou que, ao menos, destravasse as portas logo. Ele respirou fundo, suas mãos apertaram o volante com força. Entortei os lábios, minhas mãos estavam inquietas em meu colo, não sabia o que fazer, muito menos se devia dizer algo ou ficar calado.

— Está com fome? – Sua pergunta me pegou desprevenido. Dean olhou para mim e sorriu. Olhos tristes e apagados, ele estava forçando o sorriso. Já conseguia identificar algumas coisas. — Posso ir buscar algo se quiser.

Sugeriu e, então, parou para pensar. Não estava com tanta fome assim, porém, acho que ele só precisava de uma desculpa para dar uma volta e espairecer um pouco. Eu sei que temos comida em casa.

— Sim.

— Pizza e cupcakes.

Ele não perguntou, parecia mais uma afirmação. Estava meio boquiaberto por ele já saber o que eu iria pedir. Bem, ele é seu marido, Castiel, óbvio que te conhece! Eu queria o conhecer um pouco mais também, saber suas vontades e gostos, coisas assim.

Sem dizer mais anda, soltei meu cinto e abri a porta, olhei para Dean e esbocei um sorriso antes de finalmente sair do carro e fechar a porta. Lá dentro, vi-o acenando para mim e ligando o carro outra vez. O vi sumir na esquina e soltei um longo suspiro.

Então, vamos lá, né?! Viver a minha vida.

Ou tentar.

30 minutos se passaram e ele ainda não havia voltado. Não que eu estivesse controlando o tempo que ele fica na rua, mas, confesso que estava preocupado. Dean nunca foi uma pessoa muito estável, nunca soube lidar com suas emoções e isso é uma coisa que não parece ter mudado com o passar dos anos. Tinha receio de que ele fizesse algo errado ou que acontecesse algo com ele. Andei de um lado para o outro na sala, vi meu celular em cima da mesinha de centro se acender e fui até ele. Liguei a tela e logo vi uma mensagem, mensagem dele.

𝐒𝐭𝐮𝐩𝐢𝐝 𝐇𝐮𝐬𝐛𝐚𝐧𝐝                                             (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora