Cap.8

3.9K 222 7
                                    

F B
Hoje é dia de baile e eu queria todo mundo na contenção, de olho em quem entra e quem sai. Queria confusão com ninguém e justamente por isso quis levar Bianca comigo, toda se achando.

—  Ó, postura aí hein. —  falei mermo.

Bianca quando queria provocava, arrumava confusão atoa, barraco e até humilhava os cara que trabalha aqui. Por isso que ninguém gosta, chega a ser engraçado.

—  Conhece aquela menina ali? —  ela perguntou apontando pra cara da Amanda.

Claro que eu conhecia, ex ficante minha. Mandei ralar porque já tava falando pras amiga que eu ia largar minha mulher pra ficar com ela. Rum, otária!

—  Conheço não, mas ó, para de apontar pra cara da mina. —  falei pra ela que abaixou o dedo mas ficou encarando.

Subimos pro camarote improvisado ali, só tinha os firmeza mermo. Bianca se sentou no meu colo e começou a rebolar, fingi que nem vi, mas me incomodei com outros cara olhando.

—  Bora, pra casa! —  falei empurrando ela.

—  O que foi amor? —  ela perguntou.

—  Binho, leva Ana pra casa! —  falei e ela me fuzilou feio.

Ana é o nome que a mãe deu pra ela, mas que ela não suporta. Mudou depois que a mãe expulsou ela de casa por ter ficado comigo, e tem raiva da mãe até hoje.

—  Tu não me chama mais de Ana, Fabiano! —  ela gritou.

Olhei feio pra cara dela, sério mermo. Binho saiu arrastando ela, o único que eu confio pra essas coisas, eu hein. Talarico em toda favela tem, e eu é que não vou dar corda pra mulher minha me trair. Não de novo!

Continuei curtindo o baile na minha quieto quando Amanda veio, toda se escorando, sorrindo pra mim. Já até sabia, levei ela pra casinha e foi só botadão!

Agora sim a noite terminou bem.

_

REDESCOBRINDO O AMOR Onde histórias criam vida. Descubra agora