Cap.44

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B R U N A
- E aí foi isso que o Gui me falou. - terminei de contar tudo para Diogo.

- Ué mano, papo é tu chegar no FB e contar a verdade. Se não, quem vai chegar na mulher dele sou eu, tá maluca? Querendo te ferrar sabendo que nem nada do marido dela tu é, vou ja deixar ela careca, agarra o papo! - ele falou bravo.

Fiquei pensando em tudo que ele falou. Até hoje não tive coragem de sentar com ele e conversar sobre o Fabiano, ele só ouviu graça e calado ficou, nada mais falou.

Terminamos de almoçar e logo saímos do bar / restaurante. O mesmo de sempre já que ele evita que eu vá para o mesmo lugar onde os tals "parceiros" dele, frequentam. Saímos de mãos dadas, como já fazemos a um tempo. Um mês ficando, nos entendendo e sem problemas nenhum. Ele me entende, me compreende e raramente faz perguntas sobre o meu passado, quanto mais sobre o meu antigo relacionamento.

- Cadê tua bolsa pra eu levar pra casa? - ele perguntou.

- Vou pegar, espera aí. - falei saindo do carro e entrando na loja.

Ouvi uma gritaria e logo reconheci. Bianca estava gritando com Guilherme, tudo por causa de uma mísera roupa.

- Cadê a dona dessa porra aqui, que eu quero falar com ela agora! - ela gritou batendo no balcão.

- É só você se virar, que eu tô bem aqui! - falei.

Ela logo se virou me encarando feio. Parece carregar com ela uma energia tão ruim, tão pesada. Como se tivesse rivalidade com o mundo inteiro e só ela, fosse a energia boa.

- Olha só, eu comprei esse vestido aqui no tamanho certinho. E acho que o funcionário daqui trocou quando levou pra guardar na bolsa, porquê quando cheguei em casa, já estava largo em mim. - ela falou.

Peguei o vestido e comecei a ver ele direitinho, até reparar naqueles vestígios de sabão que fica quando se coloca na máquina.

- É simples. Ele não trocou nada, a senhora lavou e o vestido ficou largo. -  mostrei pra ela a mancha do sabão.

- Eu vou detonar essa loja na rede social, você vai ver só! - ela gritou.

- Vai detonar o caralho, tu vai ficar aí e só sai depois que o FB chegar! - Diogo falou apontando o dedo pra ela.

Bianca começou a ficar nervosa e se tremer inteira, como se realmente estivesse morrendo de medo do marido.

Não demorou muito e ele chegou, de longe já se ouvia os gritos dele.

- O que foi que eu te falei caralho? - ele perguntou gritando.

- Mas amor.. - ela tentou falar e ele agarrou no braço dela arrastando a mesma para fora da loja.

- Isso aqui é castigo pra quem inventa de ficar arrumando confusão, que isso aqui é Penha caralho! Independente de quem for, terá consequências! - ele falou olhando bem para a cara de sua esposa.

Naquele momento senti medo por ela. Ele pegou uma madeira e saiu batendo nas pernas de Bianca, que gritava e pedia com raiva para ele parar. Dez madeiradas, segundo ele; É só pra ela aprender. Depois, com a maior calma do mundo, pegou a tesoura e saiu cortando o cabelo dela, deixando bem curtinho mesmo.

- Agora tu vai pra casa e vai ficar trancada lá até segunda ordem. Não inventa de fugir, de sumir porque se eu pegar, ah Ana, eu vou te arrebentar! - ele gritou.

Diogo se aproximou de mim e me abraçou por trás. Fabiano nos encarou feio, cumprimentou Diogo  simplesmente saiu, sem falar mais nada.

- Te falei que ele resolveria pô. - Diogo falou me dando um selinho.

- É, você falou. - respondi o agarrando.

E ele resolveu.

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