Cap.33

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B R U N A
Entrei no quarto onde dona Amélia agora, vivia. Ela não sai do quarto e eu pela correria, acabo não dando muita atenção para ela. Mas sempre que posso, estou presente.

A encontrei deitada na cama, olhando para o outro lado toda encolhida.

- Seja quem for, eu não quero visitas! - ela falou, provavelmente ouviu a porta do quarto fazer um breve barulho.

- Nem se a visita for eu? - perguntei e ela se levantou, me encarando enquanto abria um sorriso bonito.

Dona Amélia é tão cuidada, tão bonita. É uma pena a filha virar as costas para ela assim, sem nem pensar na mãe ou até mesmo no patrimônio.

- Tenho sentido tantas saudades suas. - ela falou sorrindo.

- É o trabalho, peço desculpas por isso! - falei sem graça.

- Aí minha menina, não peça desculpas por ser livre. Você me faz bem assim, de uma lado para o outro! - ela falou gentil.

- Dona Amélia, o que sentia por seu marido? - perguntei.

- Você encontrou o homem que ama, né? - ela perguntou parecendo já saber de minha resposta.

- Sim, eu o encontrei. - falei.

- Então não perca tempo me perguntando o que eu sentia pelo o meu marido. Se você não amasse o homem que tanto procurou, jamais teria saído de casa para vir atrás dele. Só me faça um favor? - ela me pediu. - Só não explane seu amor! - ela falou quase me implorando.

Cada palavra que saia de sua boca, parecia ter um ensinamento gigante. E a cada dia o meu medo de perder Fabiano para sempre aumentava, eu não aceito isso! Ele ainda me ama, e disso eu não tenho dúvidas. Caso contrário, não se importaria tanto com a minha chegada na penha.

É isso, ele me ama, e eu vou lutar por ele.

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REDESCOBRINDO O AMOR Onde histórias criam vida. Descubra agora