Cap.172

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I S A B E L
Depois do casamento de Bruna, voltei para casa com Vitor e Kauê, que estava grudado no pescoço dele.

- Vai lá vai, pirralho! - ele falou colocando Kauê no chão, que saiu em direção ao seu quarto.

Ele veio até mim e me deu um selinho, se virando logo em seguida.

- Vai pra onde? - perguntei.

- Tomar banho, mereço. - ele falou rindo enquanto subia as escadas.

Fiquei na sala pensando em toda essa mudança, que chega a ser assustadora comigo. Penso claramente em contar toda a verdade para meu filho, que a cada dia cresce e pergunta pelo pai. Eu sei que Vitor quer de todas as formas possíveis assumir Kauê, vejo isso na relação dos dois.

Ouvi baterem no portão e logo me levantei, abrindo a porta e encontrando a amiga da falecida Bianca, me olhando de cima abaixo.

- Cadê o Vt? Vim falar com ele! - ela falou debochando.

- Veio falar o que com meu namorado? - perguntei direta já saindo de casa.

- Isso é algo meu e dele, não trato assunto com piranha não. - ela falou ainda debochando.

- Como é que, é? Você tá perdendo o juízo, só pode! Vem na minha casa, inventar de conversar com meu namorado e ainda me chama de piranha?! Sai do meu portão agora, antes que eu dê na sua cara! - gritei já exaltada.

- Pois você dê na minha cara, mas eu só saio daqui depois que eu falar com o Vt! - ela gritou.

Naquele momento Vitor apareceu no portão, vestindo somente uma bermuda Tactel.

- Qual teu problema Keyla? Vindo na casa de bandido e ofendendo minha mulher, por causa de quê?! - ele perguntou já saindo pra fora e eu seguindo ele.

- Vim falar com você sobre o filho que eu tô esperando de você! - ela gritou na rua para todo mundo ouvir.

- É o quê?! - gritei olhando pro Vitor.

- É isso aí mesmo, tu achando que ele é santo e ele te metendo chifre! - ela gritou.

Olhei pra Vitor que de branco ficou verde, e a decepção aos poucos foi tomando conta de mim.

- Deixa eu explicar, não é nada disso não! - ele falou vindo até mim.

Mas, minha única reação foi avançar em cima dele, lhe dando tapas e socos, tudo descontrolado pela raiva.

- Some daqui, sai da minha vida, desaparece! - gritei empurrando ele pra fora.

- Me deixa pegar minhas coisas aí, na moral mermo, vamo conversar. - ele pediu.

Entrei dentro de casa indo direto pro quarto, catei tudo que era dele na mão e desci, abri a porta e joguei tudo na direção dele e dela.

- Tu não foi mulher suficiente pra ficar com macho escroto? Pois bem, agora fique com ele de vez! - gritei.

Kauê apareceu na porta chorando, chamando pelo Vitor e foi ali, que me partiu.

- Vitor, Vitor, vem! - ele falava chorando.

Peguei meu filho no colo, ainda me tremendo, ainda decepcionada.

- Faz o que te falei, some da minha vida, e não chega perto do meu filho nunca mais! - gritei e entrei, fechando a porta.

Kauê fez maior graça, chorando por querer o Vitor enquanto eu chorava pela decepção.

Raiva, apenas raiva.
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