Cap.53

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B R U N A
Doeu, como doeu... Vi minha visão ficar turva e só então fechei meus olhos, e tentei raciocinar. Grávida, ela está grávida! Até ontem seu marido corria atrás de mim, e por mais que eu não o quisesse naquele momento, num certo tempo eu me deixaria levar. Mas agora não é justo, não posso! Ele é casado, está com ela a anos e agora, ela está grávida, esperando um bebê do mesmo.

Respirei fundo e abri meus olhos, vendo a mesma sorrir com seu sorriso debochado. Seja lá qual era seu plano, ela conseguiu.

- Olha, tem outras lojas para você poder comprar suas roupas de gestação. - falei olhando para a rua, desviando meu olhar dela.

- Mas é aqui que eu quero comprar minhas roupas. - ela falou com abuso.

Naquele momento Diogo chegou estacionando sua moto na calçada e descendo, vindo bem em nossa direção.

- O que tá pegando? - ele perguntou olhando para Bianca.

- Eu tô grávida e ela não quer deixar eu entrar na loja! - ela falou para ele.

- Quem manda na loja na ausência da dona, é a gerente. E se a gerente da loja é a Bruna, e com sua ordem você não entra, então você não entra! - ele falou se colocando em minha frente enquanto eu o abraçava por trás.

Logo vi um carro preto parando com certa velocidade em nossa direção e logo Fabiano desceu, olhando feio para Bianca.

- Tá fazendo o quê aqui? - ele perguntou rude.

- Vim comprar umas coisas de gestação. - ela falou toda manhosa.

- Tá de sacanagem com a minha cara, Bianca? Olha a porra da loja, tem nada de bebê aqui! - ele falou algo.

Definitivamente, ele não é o mesmo.

- Mas amor... - ele a interrompeu.

- Entra no carro, agora! - ele gritou.

Bianca sem falar mais nada, apenas abaixou a cabeça e saiu indo em direção ao carro. Vi ele entrando no carro e logo dando partida, parecia estressado, impaciente.

- Ela não falou graça pra tu não, né? - Diogo perguntou.

- Falou não. - respondi.

Ele me encarou, e logo encarou o chão. Tirou uma caixinha de veludo de seu bolso e me deu.

- Comprei pra tu! - ele falou.

Abri a caixinha vendo um colar lindo dentro, com o pingente em rosa e o cordão tão delicado. Dava para perceber de longe que era puro ouro.

- Não posso aceitar. - falei fechando a caixinha e estendendo para Diogo.

- Que papo é esse pô? Comprei pra tu neguinha, quero nada em troca não, só aceita o bagulho. - ele falou sem jeito.

Pensei, pensei, pensei e no final, acabei aceitando. Diogo fez questão de colocar o cordão em meu pescoço deixando ali, um beijo molhado. Me virei para ele sorrindo com seu gesto, ninguém jamais havia feito isso por mim, comigo.

- Vou ter que ir resolver umas parada agora, mais tarde eu passo aqui. - ele avisou segurando firme em minha cintura e me beijando.

Diogo é tão diferente da maioria desses homens que chega até a me surpreender. Vi ele subir em sua moto e dar parecida do local.

- Ele é apaixonadíssimo por você hein. - ouvi Guilherme dizer.

- Você acha é? - perguntei sorrindo.

- Tá estampado na cara dele. - ele falou desta vez soltando uma gargalhada.

Olhei para Guilherme rindo horrores. E logo deixamos esse assunto de lado, voltando ao trabalho.

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