Cléo/
Eu nao tinha nada pra fazer, estava sem rumo na minha própria casa, e isso cansava ainda mais a minha vida e tudo que eu poderia imaginar em fazer me deixava mais desanimada ainda, minhas melhores amigas mesmo, se mudaram. Ou tinham namorados e mal saiam comigo. Então eu transparecia que estava tudo bem, na maior parte do tempo, sozinha. Acabei me resolvendo, me arrumei e fui a praia, la eu poderia dar alguns mergulhos e até surfar. Eu sempre amei surfar, mesmo quando eu estava aprendendo, mesmo que caindo o tempo todo, era uma coisa que me alegrava, que me alegra até hoje.
Tirei minha roupa ja de biquíni por baixo. Algum grupo de caras me olhavam, meio estranho e até uma garota do lado do André. Desviava o olhar sempre, odiava ficar encarando as pessoas, com certeza Lorena estava ali. Me sentei na areia e fiquei observando o mar por alguns minutos.
Lorena- que bom que você apareceu, ela andava em minha direção.
Cléo- Pois é, onde você estava? Só vi seu namorado ali. - cumprimentei com um beijo na bochecha.
Lorena- Fui comprar água de coco ali com a Mari, e umas amigas. Na verdade, elas que compraram né, estava sem vontade.
Cléo- Que bom que você apareceu. Tem como tomar conta das minhas coisas? Não quero que ninguém rouba.
Lorena- Claro Cléo, vai la -Ela pegou minhas coisas.
Fui correndo até o mar, cumprimentei alguns caras que eu conhecia, estavam surfando. Não demorou muito e eu já estava no mar, adorava mergulhar mas nem fiquei muito tempo, odeio todo aquele sal, esse era o único problema do mar.
Saí e fui em direção a onde eles estavam, a garota que André estava conversando, já não estava mais la.
Cléo- Valeu Lorena- Os amigos do André me olhavam e ele tambem. Fazia questão de encarar e bancar o simpático. Todo mundo conversa, varias pessoas em volta dali
Lorena- Sua bolsa está ali. - Ela amarrava o biquíni atrás, parecia ter um pouco de dificuldade.
Cléo- Deixa que eu te ajudo. - Amarrei pra ela. Tudo ficou um tédio, peguei meu livro e fui ler, adorava ler, parecia estar distante mas na verdade minha alma estava exatamente onde meu corpo estava, na praia. Todo mundo foi jogar vôlei ou entrar no mar e como sempre, me isolavam... Me deitei na espreguiçadeira querendo dormir mesmo que não conseguia ficava ali, fechei os olhos e fiquei ali.
Ouvi alguém pegando uma bolsa ali pertinho de mim..
Xx- ei, ele pediu pra você olhar as mensagens do celular depois.
Mari- Ok, pode ir- Era voz fina e irritante da Mari, inconfundível... A voz do cara que falava com ela eu não sabia de quem era, provavelmente não conhecia.
Xx- Não da bandeira morena, Lorena não pode nem imaginar.
Mari- Eu sei, da pra sair agora? Antes que a garota escuta? - Ela falava bem baixinho querendo aumentar o tom.
O que era isso? A Lorena não podia saber? O que a Mari escondia dela? Tentei conter uma reação, só queria aparecer que estava dormindo alí..
Mari- Cléo- Ela me chamou, apertando de leve o meu braço.. Fiquei sem reação de olhos fechados, não sabia o que fazer. Poderia dizer que eu ouvi tudo aquilo que ela disse, perguntar das mensagens, perguntar o que era, mas resolvi ficar em silêncio e fingir que estava dormindo. - Cléo
Cléo- Ei, que foi. Me deixa dormir. - fiz voz de sono. Ta me chamando por quê?
Mari- A gente já ta indo embora mal agradecida, quer ficar aí jogada, fica, porra. Tenho paciência não. - Adorava a grosseria dela. Me sentei na espreguiçadeira, e todos vinha em direção ali, pegando suas coisas.
Lorena- Estamos indo Cléo, o tempo está fechando. Dormiu? - Ela riu.
Cléo- Pois é.. - peguei minhas coisas e fomos, deram carona pra gente. Deixamos eu e a Mari em casa... Lorena e André ia comprar pizza pra comermos, íamos jantar todos juntos. Cumprimentei minha mãe e logo vi a Mari subir, fui atrás dela, por algum motivo eu ficava curiosa. Por que a Lorena não podia saber? E eu não poderia escutar. Ela entrou no seu quarto e logo foi tomar banho. Deixando o celular em cima da cama. Eu entrei sem fazer barulho. E no visor da tela eu via
''Moreno'' :
''Meia noite eu passo na esquina pra te pegar, só de saber que a gente vai passar... ''
Apenas dava pra ver isso no visor do celular dela pra eu poder ver toda a mensagem teria que desbloquear o celular, mas pra minha infelicidade, tinha senha o celular dela, hoje em dia é normal, até no meu celular tem. Nao era whatsapp, era torpedo mesmo, o pior é que eu não tinha idéia da senha dela. Burrice da minha parte achar que não tinha senha. Fui pro meu quarto e me banhei, amanhã eu teria faculdade cedo, já era a segunda semana, desci nós jantamos e eu subi pro meu quarto, me preparei pra dormi e me deitei.
Fiquei me virando na cama e pensando, odeio quando não consigo dormir, mas é porque eu sou ansiosa e ansiedade tira o sono todo. Me virei por várias horas, todos alí ja tinham ido pra cama. ...
A escuridão diminui, alguém tinha acendido uma luz. Me levantei, a Mari saia do seu quarto já apagando a luz e eu, segui ela, sem fazer barulho, esperei ela descer as escadas pra eu descer. Fui até a cozinha e bebi água enquanto ela já trancava a porta da sala já do lado de fora. Eu logo peguei a minha chave e saí até a rua pra ver onde ela iria, com certeza seria no lugar que o tal ''moreno'' marcou com ela, eu era muito curiosa a ponto de fazer isso e Ia estava ela em direção a esquina, a rua em que moramos é movimentada, tem barzinhos, restaurante e chopperia, então pra ela não parecia estranho sair sozinha assim e logo ela entrou num carro preto. Parecia toda íntima do dono do carro,entrando nele.
- Espera aí, eu conheço esse carro. Claro que conheço, é do André!.- Obvio, por isso que o carinha disse que a Lorena não podia saber. Mas o que será que eles vão fazer uma hora dessa? - Fiquei parada na rua sem reação.
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O cafajeste [caçador de vadias]
Подростковая литератураAndré é um cara muito poderoso, faz faculdade e é filho de um famoso empresário que não mora no Brasil, namora Lorena, uma garota que ele a maltrata, Lorena é irmã de Cléo (a única garota que não vai com a cara do André) e da Mari, outra irmã na qua...