O cafajeste [caçador de vadias]

Capitulo 04 (Parte 02)

Cléo/
Fiquei uns 2minutos na rua sem o que fazer, sem reação. Voltei pra casa correndo, entrei e busquei uma água até a cozinha, parecia nem ter forças pra ficar em pé. Mas por onde andava a minha ingenuidade? Eu poderia pensar qualquer coisa que eles estavam fazendo, forcei até pensar que eles estavam fazendo alguma surpresa pra Lorena de aniversário, mas o aniversário dela estava longe. Ou poderia pensar que eles estavam fazendo algum trabalho de faculdade, mas eu pensei comigo, trabalho uma hora dessa? Ainda mais eles que só sabiam farrear. Infelizmente havia apenas um motivo no meu pensamento. Os dois estavam juntos e pelo jeito, escondidos pra ninguém saber. Deixei o copo na pia com pouco de água sem fazer barulho, coloquei uma calça jeans colada, um casaco xadrez vermelho, e peguei minha bolsa, coloquei um all star. Tranquei a casa, e fui pra rua sem rumo, na verdade o meu rumo existia e tinha nome, o apartamento do André. Liguei para um táxi e nem demorou, entrei no mesmo e fui até o apartamento dele. Eu tinha certeza que estava certa. No caminho só torcia pra minha mãe não acordar e perceber que eu tinha saído.
Cheguei no apartamento, parte nobre do rio de janeiro, paguei o taxista e fui até a recepção. O porteiro velho com cara de nojento me olhava de em cima embaixo.
Cléo - Oi, eu gostaria de entrar no ap do...
Porteiro- Do??? Tenho que ligar pro morador de quem você quer entrar pra confirmar. Me fala seu nome. - Eu fiquei totalmente nervosa, não sabia o que fazer..
Cléo- É... Que... Eu preciso que a pessoa não saiba que eu vou visita-lo, vou fazer uma surpresa. É pro ap do André Schad - Falei a única mentira que cairia bem mas pela cara do porteiro, ele não estava acreditando.
Porteiro- Ta achando que eu sou trouxa garota? Você não é a primeira pessoa que tenta entrar aqui pedindo para que eu não ligue pro morador com desculpa de surpresa, ta querendo furtar é? O povo rico daqui já cobra caro pra não ser assaltado. - Ele riu da minha cara totalmente grosso e debochado- Ainda mais o morador Schad, montado na grana, qualquer coisa que aconteça com ele, ele tem disposição pra fazer o dono do prédio me demitir. A não ser que..? Vai me dizer que tu vai liberar pra ele?. O cara é pica de mel- Ele olhava pro meu corpo de tal forma me fazendo ficar constrangida e magoada com as palavras que ele falou, eu poderia fazer um escândalo. Mas realmente eu estava errada e não poderia reclamar mesmo que ele tenha me tratado com desrespeito, mesmo que ele também esteja errado, sobraria pra mim .
Cléo- Seu grosso, ridículo. Tu ta achando que eu sou garota de programa? Vai aprender a tratar as pessoas bem depois vem trabalh..ar- Eu gaguejava de nervoso, de constrangimento. Ele só ria de mim, saí dali as pressas, antes de sair da recepção, esbarrei com uma senhora. - Perdão- Continuei andar sem olhar pra trás. Saía do prédio até que a mesma senhora veio atrás de mim.
Xx- Que foi mocinha? Ta chorando por que?- A senhora usava um casaco preto e uma calça preta.
Cléo- Aquele cara lá, da recepção sei lá. Me tratou super mal.
Xx- Eu observei tudo, Silvio é assim mesmo. Mas tu tem certeza que não iria roubar? - Falou o nome dele, parecia conhecer.
Cléo- Não senhora, eu juro, eu só queria flagrar o André porque a minha irmã, sofre morre por ele... Espera quem é você?
Xx- Eu sou a Rose, me chama de Rose. Sou da faxina, a minha patroa mora aqui no prédio, por isso eu conheço o Silvio, moramos perto .Ele te tratou muito mal garota, confesso que fiquei mal, mas por que você queria entrar no ap daquele moço lá? - Ela dizia parecer conhecer o André também.
Cléo- Ele namora a minha irmã mas trai ela sabe, só que ninguém acredita. Eu quero ter certeza, cara eu não sei. To nervosa. -Me mexia ansiosa.
Rose-Garota calma. Você ta me falando a verdade?
Cléo- Eu estou falando a verdade, eu não vou entrar pra assaltar, roubar. Você acha que eu estou mentindo? Eu nunca precisei roubar nada de ninguém, eu estou aqui pra ver a verdade e abrir o olho da minha irmã.
Rose- Você não tem jeito e nem se parece com pessoas que roubam, muito lindinha você. Olha só minha filha, odeio ter coração bom, aí ó, nem te conheço e já quero te ajudar, se for verdade o que você esta falando, abra os olhos da sua irmã. - Eu fiquei olhando ela sem entender mas estava feliz por ela me ajudar.
Cléo - Muito obrigada Rose, obrigada de coração.
Rose- Vou tirar o porteiro de lá, vou arranjar um motivo. Daí na hora que ele saí daqui você corre pro elevador. Ok? - Fiz gesto positivo com a cabeça, fiquei escondida do lado de fora do prédio, não demorou muito e aquele velho já saía de lá. Corri bastante até a recepção e logo vi a Rose lá.
Cléo- Que desculpa você arranjou pra tirar ele daí?
Rose- Eu disse que,...vai anda logo, eu tenho que ir pra minha casa. Subi e fui até o andar em que o apartamento dele ficava. Eu sabia porque já tinha vindo aqui vezes com a Lorena mas poucas vezes. Segui até a porta principal e bati na mesma.
No momento, ninguém de lá respondia. Será que eles saíram e eu estava errada? Bati novamente mais forte. E o silêncio permanecia. Bati mais forte na porta e logo André respondeu ''já vai! Uma hora dessa porra.'' Fiquei do lado da porta pra ele não ver que era eu. Ele demorou e logo bati de novo.
Ele abriu a porta apenas de cueca samba canção exibindo seu corpo, coloquei meus dois braços pra dentro do apartamento, ele levou susto, empurrei de leve mas foi o suficiente pra conseguir entrar no apartamento e logo saí correndo em direção ao seu quarto.
André - que porra é essa?- Eu me sentia completamente nervosa. Entrei no quarto dele, onde era grande por sinal, e realmente vi o que meu sentido já dizia: A Mari, toda nua com seus seios fartos a mostra, seus seios são lindos, é farto porém não é extravagante, deitada na cama. Fumando um baseado. Fiz barulho na porta.
Mari- Quem era na porta meu amor? - Ela focava os olhos no seu baseado sem perceber que não era o ''amor dela'' e sim eu que estava ali. Meu pensamento foi logo na Lorena, fiquei super triste ao ver que ela estava sendo enganada pelo seu namorado e sua própria irmã.
Cléo - Não to acreditando.- Fui aproximando e logo ela focou os olhos em mim, toda assustada, sem chão. Já se cobrindo de vergonha e fazendo cara de merda pra mim. Meus olhos encheram de lágrima...