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Pov's S/n Moree Copper

Aqui eu estava, a caminho da igreja indo me confessar.

-Chegamos, s/n escute, seja bem sincera okay? - Meu pai fala e eu apenas assinto.

Entramos na igreja e eu engulo em seco, estava nervosa. Como iria falar para o padre que deixei uma garota, tocar em mim daquela forma, que fui para uma festa e deixei meu copo com um estranho?!

Passamos pela grande entrada e faço o sinal da cruz. Vamos direto para o confessionário.

- Iremos nós sentar e te esperar, lembre-se seja sincera. - Meu pai diz e me da um beijo na testa.

Me ajoelho e junto minhas mãos antes de começar a falar.

- Boa tarde padre João. - Falo em um som baixo mas o suficiente pra ele escutar.

- Boa tarde minha filha, com o que posso lhe ajudar? - Fala em um agradável.

- Eu vim me confessar a mando do meu pai, quero falar de tudo o que fiz. - Falo.

- Então pode começar minha filha, mas antes preciso saber algo. Você veio por conta própria, por que sentiu necessidade disso ou por a mando de seu pai? - Padre João pergunta e eu me pergunto mentalmente isso.

- Por conta própria padre. - Minto em partes, realmente vim a mando de papai mas aqui e agora, bateu uma vontade de me confessar, acho que vai tirar essa coisa de mim e me ajudar.

- Tudo bem filha, comece. - Fala em tom calmo, suave.

- Então padre, eu pequei e muito. Primeiro deixei uma garota, me... tocar, de uma forma diferente, e foi aqui, na igreja. E simplesmente gostei. Eu sei isso é errado, muito errado mas eu me deixei levar e acabou acontecendo. E eu também fui para uma festa, deixei meu copo com um completo estranho, que colocou droga em minha bebida. E essa garota que eu deixei me tocar, quando eu fico perto dela, sinto coisas, coisas que não deveria. Padre, como tiro isso de mim? Eu preciso me liberar, isso é um enorme pecado.

- Filha, isso não tem como simplesmente tirar, sim é um pecado, em nossa visão. Mas com toda essa situação, não é algo de tirar, talvez você sente algo por ela, e não enxerga. Deus é amor, ele amar todos, independentemente de tudo, sexualidade, cor da pele, entre outros, todos são iguais. Não se preocupe, você não ira ao inferno por isso, você é uma garota doce, bondosa, gentil, não tem mal em seu coração, somente pessoas ruins iram para lá, pessoas que julgam, pessoas maldosas, que só querem o mal dos outros, isso sim é extremamente errado e leva ao inferno. E sobre a festa, isso de deixar seu copo com desconhecido, é muito errado minha filha, pode acontecer coisas ruins com você, nunca mais repita isso. Tem algo a mais para se confessar filha? - O padre pergunta.

Quando percebo estou chorando, em silêncio, e ele novamente me pergunta.

- Não padre, é só isso. Obrigada por isso padre, me ajudou tanto. - Agradeço em meio de algumas lágrimas.

- Tudo bem minha filha, espero que essa confissão tenha te ajudado. - Ele finaliza e eu agradeço mais uma vez, faço o sinal da cruz mais uma vez e saio do confessionário.

Saio dali e vou direto a meus pais, me sento junto com eles e começo a rezar mas enquanto rezo as palavras de padre vem a mente, aquilo me ajudou tanto...

[...]

- Espero que essa confissão tenha te ajudado s/n, espero que mude esse seu comportamento. - Meu pai diz assim que chegamos em casa, apenas assinto e subo para meu quarto.

Deito em minha cama e todas as palavras de padre vem. "Deus é amor, ele ama a todos, independentemente de sexualidade, cor da pele, ele ama todos iguais".

The saint G!P - Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora