⊹⊱ 𝔹𝕠𝕟𝕦𝕤: 𝙽𝚊𝚝𝚊𝚕𝚎 ⊰⊹

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ℕ𝕠𝕥𝕒𝕤 𝕕𝕒 𝔸𝕦𝕥𝕠𝕣𝕒

Bem-vindos ao especial de Natal !!!

Eu não tinha certeza se ia ou não escrever um já que estamos na metade da história e vários segredos ainda serão revelados. Dessa forma, o especial vai ser meio curtinho e com quase nenhum spoiler. Em outras palavras, ele acontece anos para frente do final que eu planejei e teremos só o Luca e Alberto nele. Por isso podem ler sem se preocupar, ok? 

Por fim, só queria dizer que escrevi esse conto também como uma forma de agradecer a todos os leitores que deram uma chance para minha história. Eu nunca esperei alcançar tanta gente quando comecei e foi uma surpresa incrível! Por isso, esse especial é uma carta de gratidão a vocês.

Espero que gostem.

Boa leitura e Feliz Natal.  :)

- Beijinhos, Renee.


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Luca não soube o que o acordou direito.

Talvez fosse a claridade do quarto causada pelas cortinas abertas ou talvez fosse o barulho lá fora dos carros passando pelas movimentadas ruas de Genova. 

Ainda em um estado semi-desperto, o rapaz coçou os olhos se espreguiçando e encontrou em suas mãos a verdadeira causa de seu despertar abrupto: Frias. Elas estavam frias assim como seu rosto. Assim como seu corpo.

Luca estava com frio. 

Ele olhou ao redor procurando suas cobertas e notou que a metade de cima de seu torço estava completamente desprotegida enquanto seus pés eram os únicos que tinham encontrado abrigo embaixo de um manto branco. Luca virou seu corpo no colchão de forma a encarar o outro lado de sua cama e encontrou em instantes o grande culpado ali do seu lado, envolvido por uma montanha branca e azul escura de tecido.

— Ei, você. - Luca chamou, mas a montanha nem se mexeu.

Ele tossiu umas duas vezes, mas nada aconteceu. Perdendo a paciência, Luca se sentou na cama e começou a puxar uma das cobertas até encontrar o rosto de seu namorado. Um gemido veio e Alberto finalmente apareceu com uma careta.

— Quantas vezes eu já te disse para não puxar todas as cobertas? - Luca perguntou num tom meio sério, meio brincalhão.

Alberto puxou as cobertas para si mais um pouco.

— Está frio. - ele respondeu.

— Ah, eu sei. - Luca disse e colocou as duas mãos nas bochechas de Alberto sentindo-o arrepiar.

— Para com isso! - Alberto afirmou angustiado empurrando as mãos de Luca para longe dele. — Isso não tem graça!

Luca riu, mas Alberto não. Ele cobriu novamente o rosto com as cobertas e se virou de costas para Luca.

Luca se irritou um pouco com aquela atitude, mas decidiu deixar para lá já que ele que havia começado . Ele saiu da cama e se dirigiu até a cozinha do estúdio que ele e Alberto alugavam juntos. Giulia havia voltado para Porto Rosso a algumas semanas e tinha evitado a grande tempestade de neve que havia surgido no país e aprisionado todos dentro de casa. Os voos haviam sido cancelados então aquele seria o primeiro natal que Luca passaria sozinho com Alberto. Ele não queria irritá-lo naquele dia.

Não é como se suas brigas durasse mais do que um dia antes dos dois voltassem a conversar normalmente, mas havia algo diferente na frequência delas naquela época do ano.

Aquilo Que o Tempo DeixouOnde histórias criam vida. Descubra agora