Outra noite que passamos brigando
Realmente pensei que você estava comigo para o que der e vier
Lidando com o seu drama, melhor não, então fico em silêncio
As coisas mudam, eu não posso fingir ou negar
Ela está com roupas da Gucci
No meu telefone antigo, seguindo meus velhos hábitos
Passei um ano inteiro com você e foi trágico
Tudo que sei é que você está aqui para causar danos
Altos e baixos, você me transformou em um selvagem, sim
Montanha-russa para cima e para baixo
Estamos tão altos, não podemos ver o chão
Pinte nossos rostos como um palhaço
Vamos fingir que estamos felizes agora- Crown, blackbear.
— Seja bem-vindo ao seu novo lar! — Adriana, mãe da Becca, diz assim que abre a porta principal e adentramos na sala de estar.
Adriana, assim como a filha, é loira de olhos claros, alta e magra. Ela tem sua própria escola onde dá aula de pilates, mais por prazer do que por necessidade, e é divorciada do pai da Becca desde quando a garota tinha seis anos, mas isso não significa que ela esteja sozinha. Adriana é extremamente namoradeira e ama ficar solteira, por isso tem um homem diferente para cada dia da semana.
Adriana é gentil comigo. Quando ela me viu pela primeira vez, elogiou Becca pelo bom gosto e desde então sempre me tratou bem. Não faço ideia de como ela reagiu após saber do nosso término, pois evitamos tocar nesse assunto, mas acho que ela ainda tem esperanças. Eu não posso culpá-la, eu sei que sou o sonho de toda sogra.
— Obrigado por me acolher, Sra. Lewis!
— Para você é sogrinha, meu lindo! — ela acaricia meu rosto e eu desvio o olhar para Becca, que estava com um sorriso de orelha a orelha. — Temos dois quartos sobrando no andar de cima, escolha um e me avise, eu já vou mandar a empregada arrumar do jeito que você quiser!
Assenti com a cabeça e subi as escadas com a minha mala. Enquanto estive internado, Adriana foi buscar minhas roupas e itens pessoais na casa do meu pai, aproveitando que ele não estava em casa pois precisou ir na delegacia depor a respeito da denúncia. Ainda não sei como será isso, mas logo farei dezoito anos, então não vou precisar me preocupar com meu pai e terei liberdade para morar onde quiser, inclusive sozinho, porque ele não vai mais ser responsável por mim.
Entro no primeiro quarto e o observo. Não é tão espaçoso quanto o meu antigo, mas tem uma janela grande que ventila o cômodo inteiro, um pequeno closet e um banheiro. Exatamente tudo o que eu preciso, por isso nem me dou ao trabalho de ir ver o segundo.
— Vai ficar com esse? — Becca se encosta no batente da porta e me observa. — O outro quarto é mais perto do meu.
— Definitivamente vou ficar com esse. — digo de forma seca e já começo a tirar minhas coisas da mala.
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Para onde os corações quebrados fogem?
Ficção Adolescente#1 em romance colegial Você fugiria com a pessoa que odeia? Jade e Matthew pensaram que nunca iriam se dar bem, nem na escola e nem fora dela. Nerd e popular, burguesia e subúrbio, introversão e extroversão: as diferenças causavam tantas desavenças...