#1 em romance colegial
Você fugiria com a pessoa que odeia?
Jade e Matthew pensaram que nunca iriam se dar bem, nem na escola e nem fora dela. Nerd e popular, burguesia e subúrbio, introversão e extroversão: as diferenças causavam tantas desavenças...
Nadando em seus olhos, em seus olhos, em seus olhos Azul egípcio Algo que eu nunca tive sem você Você está me deixando arrepiada a cem graus É melhor do que comprimidos, o jeito que você me faz dormir Chamar o seu nome é o único idioma que consigo falar Tirando meu fôlego, uma lembrança que você pode guardar Me causando arrepios - Souvenir, Selena Gomez
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É estranho como tudo pode mudar em pouco tempo. Em um momento você não gosta de alguém, e de repente você conhece a pessoa melhor e percebe que seu conceito estava errado. Seus sentimentos mudam e a relação começa a fluir.
Eu não gostava do Matthew que eu conhecia na escola. Pensava que ele era um metidinho com a vida boa, tão nojento quanto a namorada e os amigos e que não tinha nenhum conteúdo além de ser babaca e provocador. Bastou três dias ao seu lado dele, e eu conheci o verdadeiro Matthew Bennett: um menino capaz de dar a vida por quem ama, protetor, carinhoso, com um passado traumatizante, mas mesmo assim coloca um sorriso no rosto e finge que é feliz. Ele perdeu a mãe, tem problemas com o pai e agora está passando por uma desilusão amorosa, em que ele tem que aceitar que foi traído pela namorada e seu melhor amigo. As pessoas que sabem da sua vida turbulenta apenas contribuíram para tudo ficar pior, então é compreensível que uma hora ele ia surtar e querer fugir para longe de tudo. Por sorte, no dia que ele estava prestes a fazer isso, eu apareci no seu caminho falando que não aguentava mais, e então fugimos juntos. E tudo isso aconteceu. E agora acho que estou apaixonada por esse garoto.
Sei que parece anormal se apaixonar em três dias, mas de acordo com um estudo feito em uma universidade dos Estados Unidos, se apaixonar pode levar um quinto de segundo. Então, não me chame de louca! Estou só do lado da ciência.
A verdade é que o Matthew não é bad boy e muito menos metido, e talvez eu tenha tido essa impressão porque ele parecia inalcançável. Quando eu o olhava, eu via um garoto famosinho, extremamente habilidoso nos esportes e que só se enturmava com seu grupinho. Eu nunca iria adivinhar que ele tinha muito mais a mostrar além dessa superficialidade toda. Quando ele me contou tudo o que ele passa com seu pai, e quando presenciei ele chorando igual um bebê, me confessando que sente saudades da sua mãe, eu percebi que o tempo todo estive julgando o Matthew erroneamente. Ele é só um ser humano tão frágil quanto eu, e o tempo todo eu estava agindo como se ele fosse um babaca com milhões de erros imperdoáveis. Ele não merece isso. Ele merece alguém que esteja do seu lado e que o apoie, então decido que de agora em diante eu serei essa pessoa.
Depois que Matthew se acalma, entramos na casa e eu evito fazer comentários admirando a decoração e estrutura — apesar de eu realmente admirar. A chácara da mãe do Matt é mais moderna do que eu poderia imaginar e diferente de tudo o que estou acostumada, do tipo que você diz como quer o projeto para seu arquiteto, ele analisa a situação e depois diz "Ok. Um milhão de reais, fechou?". No piso do térreo tem um hall de entrada enorme embutido com a sala, uma cozinha americana extremamente chique composta de mármore e madeira nobre, que faz contraste com a área gourmet, e uma sala de jantar que liga a escada e o salão de jogos.
