Quem é vivo, sempre aparece. Já dizia um famoso ditado.
Maratona 4/5
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Point of view Caroline:
Luísa Sonza nunca decepcionava no quesito festa. A decoração estava simplesmente impecável, a comida uma delícia e uma fartura de bebidas sendo servidas a todo instante. Os pais da loira ficaram até mais ou menos onze horas, depois se recolheram e deixaram os seguranças e empregados da casa tomando conta do bando de jovens que ficaram.
Em determinado momento, Luísa foi para o centro da pista e atraiu todas as atenções para si. Todos formaram uma roda em volta dela para vê-la dançado. Até eu acabei sendo puxada e dancei umas duas músicas junto com ela. Porém, um pontinha de inquietação estava me dominando e justamente por isso eu não fiquei por muito tempo lá com ela.
Já faziam longos minutos, quase meia hora, que Dayane falou que ia ao banheiro e ainda não havia voltado. Queria me convencer de que estava tudo bem e de que ela logo iria aparecer. Mas, a medida que o tempo passava e ela não voltava, uma preocupação crescia mais e mais em meu peito. Queria ir atrás dela e checar se estava tudo bem, porém estava apreensiva. Eu tinha medo de ir e presenciar algo que eu não queria ver, como, por exemplo, ela estar beijando alguma garota aleatória por aí. Eu não queria bancar a ciumenta, muito menos cobrar algo dela, até porquê eu nem sequer sei o que a gente tem. Mas estaria sendo hipócrita se dissesse que não me machucaria vê-la beijando outra boca.
- Carolzinha, está tudo bem? - Victor me perguntou colocando a mão no meu ombro
Eu odiava ser transparente e odiava ainda mais o fato de não conseguir disfarçar quando havia algo me incomodando. Posso até não estar vendo, mas aposto que está estampado na minha cara que há algo me tirando do sério, caso contrário o Victor não estaria me interrogando, dado o seu estado de embreaguês.
Perdi as contas de quantas doses o vi bebendo, desde que chegamos aqui. Ele não era de beber sempre, mas quando bebia costumava exagerar muito e eu só sinto pela ressaca que sei que ele terá amanhã.
- Ah, sim... Eu só estou preocupada com a Day - soltei um longo suspiro, sentindo meus pulmões pesando.
De fato, não era mentira. Estava preocupada com a demora dela e essa preocupação se misturava com o medo de ela estar com outra pessoa. Não termos um compromisso sério, não anula aquilo que eu sinto por ela. E podem ter certeza, é algo forte demais para que eu possa controlar ou para fingir que não me afetaria saber que outra boca está a beijando.
- Aconteceu alguma coisa com ela? - ele perguntou preocupado, enquanto dava um gole generoso no copo que matinha em mãos
- Não... Quer dizer... Eu não sei - tentei organizar meus pensamentose e dar-lhe uma resposta coerente - ela me disse que ia ao banheiro, tem um tempo já, e até agora não voltou.
- Bem, das duas, uma: ou ela passou mal por ter bebido muito, ou deve estar com a língua enfiada na boca de alguma garota por aí - "ótimo Victor, você acabou de piorar tudo", pensei comigo mesma
Não queria alimentar paranóia ou a minha insegurança, mas o fato de outra pessoa estar pensando o mesmo que eu, não me ajudava muito na tarefa de me convencer de que Dayane está sozinha.
- Vitão, você precisa tomar cuidado com as coisas que fala cara - Bruno apareceu de repente, dando um tapa na cabeça do cacheado - não liga para ele Carol, bebeu demais e não sabe o que está dizendo
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Culpa do Destino
FanfictionSinopse: Caroline e Dayane eram amigas desde que se entendiam por gente. Talvez pelo fato das mães serem muito amigas, antes mesmo delas nascerem, ou pelo fato de terem sido criadas juntas. A questão é que não se lembram de um momento sequer da vida...