Capítulo 26

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Point of view Caroline:

Eu não sabia que me tornar responsável por uma turma era algo tão cansativo, para não dizer estressante. Quebrei muito a cabeça para fazer a divisão dos trios, mas, graças ao universo, consegui organizar tudo direitinho. As doações estavam entrando e os meninos conseguiram um time adversário para jogar contra eles. Optamos por fazer ingressos para o jogo e vender, para ficar algo mais organizado. Um aluno de cada turma ficaria responsáveis pelas vendas no dia e também pela arrecadação do dinheiro.

Foram dois meses de muito trabalho e correria, mas estávamos nos saindo bem e já havíamos arrecadado uma grande quantia. Quanto aos treinos, os times estavam se esforçando e dando o seu máximo para se saírem bem, afinal de contas, eram bastante competitivos e não gostavam de perder.

– Vamos lá, Carol? - Elana me chamou, me tirando do meu transe

O dia do jogo havia chegado e nós estávamos do lado de fora do ginásio. Estava esperando a Nana chegar, pois não queria ficar sozinha, me perdi em pensamentos e nem vi quando ela se aproximou.

– Claro - respondi sorrindo - eu só queria passar no vestiário para desejar boa sorte a Day

– Huum, vai dar um beijinho na namoradinha - fez uma cara de safada

– Para Nana - pedi envergonhada - ela não é minha namorada, não rotulamos nada

– Isso é só um detalhe pequeno, minha amiga - ela passou um dos braços em volta do meu ombro - apenas questão de tempo

– Pode ser que você esteja certa - começamos a caminhar

– Eu sempre estou, minha cara - soou convencida e eu apenas revirei os olhos - sabe do que eu estava lembrando?

– De quê? - questionei curiosa

– De quando você e a Dayane berravam aos quatro ventos que nunca iam se apaixonar

– E por que está lembrando disso, justo agora?

– Porque eu lembro bem de ter dito que ia tirar sarro da sua cara. Então você que lute, boiola apaixonada - deu um soquinho no meu ombro

– Você consegue ser bem insuportável quando quer, sabia?

– É um dom que eu tenho - sorriu de forma presunçosa - agora vai dar um beijinho na sua Julieta, Romeu - finalmente havíamos chegado ao vestiário

– Você não vai entrar comigo? - perguntei arqueando uma sobrancelha

– E ver vocês enfiando a língua na boca uma da outra? Obrigada, mas eu dispenso - fez uma cara de nojo - Além do mais, não estou interessada no cargo de vela do casal

– Quando acho que você não consegue ser mais idioda, você se supera - revirei os olhos mais uma vez

– Eu sei disso, agora vai lá. Já estamos ficando sem tempo - praticamente me empurrou para dentro - Vou te esperar bem aqui - assenti e comecei a caminhar - e é só um beijo, ouviu? Deixem para transar em casa - gritou para que eu ouvisse

Mostrei o dedo do meio para ela e segui o meu caminho. Ao adentrar o lugar, percebi que estava quase vazio, apenas com algumas meninas se aquecendo. Presumi que as outras já tivessem ido para a quadra. Varri meus olhos por todos os cantos, procurando pela Day, mas não a encontrei. Já estava cogitando a possibilidade dela já ter ido e então me preparei para sair, foi quando ouvi alguém pronunciando o nome dela. Fiquei intrigada com aquilo e então segui na direção de onde a voz vinha.

– Tenho certeza de que você vai arrasar hoje Day - a voz, desconhecida por mim, vinha de uma das fileiras de armários

– Obrigada, vou dar o meu melhor - Dayane respondeu educada e foi quando eu as vi

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