21 | R e a s o n

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- Parabéns de novo pela sua coragem. - sussurrou, separando nossos lábios.

Segurei sua mão que ainda tocava meu rosto. Eu não me lembrava de toda aquela necessidade que eu tinha do toque dele.

- Desculpe atrapalhar... - A voz de Sophia nos fez virar - Mas a enfermeira está chamando.

- Bea. - murmurei entrando no hospital correndo.

Encontrei seu quarto, com ajuda da recepcionista.

- E então, o que aconteceu? - perguntei exasperada.

- Aqui. - a enfermeira mostrou o ponto que havia dado na barriga dela - Logo ela vai acordar.

- Então não aconteceu nada mais grave? - a mulher não respondeu de imediato.

- Precisamos de um familiar para preencher a ficha dela. Você é irmã, ou alguma parente dela? - encarei minha amiga desacordada na maca.

Obrigada por tudo que fez por mim e por nunca ter me deixado sozinha.

Eu sinto muito por ter te metido nisso. Pensei.

- Sim. Eu sou irmã dela. - menti. A enfermeira sorriu, pedindo que eu a acompanhasse até a recepção.

- E então? - Jack e Sophia se aproximaram de mim do lado de fora

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- E então? - Jack e Sophia se aproximaram de mim do lado de fora.

- A enfermeira não me respondeu se o caso é grave, eu fingi ser irmã dela para preencher a ficha... - sussurrei a última frase. - Eu sinto muito por tudo. - dirigi-me à Sophia.

- Está tudo bem. - deu de ombros - Se você aguenta, eu também posso aguentar. - aí estava ela, arqueando as sobrancelhas forçando um ar de superioridade. - Minha mãe nem se lembra mais de nada, posso recomeçar com ela e irmos atrás de outro maluco rico. - não aguentei e soltei uma risada.

- Você está precisando de um banho. - Jack falou de forma sincera, encarando-me.

- Não posso sair daqui. - engoli a vontade de dar um tapa na cara dele - Não enquanto não disserem o que está acontecendo com a Bea ou se ela vai pra casa logo.

- E pra onde você vai agora? - Sophia interveio de novo - Quero dizer, a casa virou pó. - dei de ombros.

- Agora eu vou salvar o meu povo, e isso inclui Beatrice. Eu não vou admitir que nada aconteça com ela. Nada.

- Espero mesmo, porque se você tiver que colocar fogo nesse hospital, teremos problemas mais sérios.   - ela prendeu os cabelos bagunçados e emaranhados num coque alto. - Vou para casa. Se precisar de mim, me mande uma mensagem. Vou inventar alguma coisa para os bombeiros e se já tiver polícia envolvida eu darei um jeito.

- Sério? - levantei as sobrancelhas surpresa.

- É. Mas não se acostume com isso.

- Obrigada, Sophia. - sorri, sincera. Ela pareceu não saber o que responder, mas um sorriso fino surgiu no seu rosto. Ela se afastou com as mãos nos bolsos traseiros da calça.

Alice [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora