DÊNIS;
Dandara me observa, parecendo esperar eu dar um passo em falso. Eu sei, porém estou tentando ao máximo;
"PENSAR ANTES, FALAR DEPOIS!"
O lindo quadro que minha companheira colocou bem evidente na parede, não me deixa esquecer. E minha filha?! Está amou.
"CRIANÇAS SÃO AMADAS, E NÃO JULGADAS!"
Também devo confessa, que gostei dos quadros, apesar de algumas serem bem... A cara da Meg?!
"A GRÁVIDA MANDA!"
E outras, bom... Esta foi dada pelos meus, "cunhados" e sogro.
"VOCÊ É FORTE, NOS SOMOS MAIS."
Quem ler, imagina que é algo sobre a família ser forte junta e tal, porém... Vindo deles, eu entendo como uma ameaça explícita.
Não estou sabendo exatamente como será o futuro, porém a família da minha companheira ficou tão feliz com a possibilidade que ela continue morando aqui, que vieram a tarde, carregados de mimos. Minha filha foi a mais contemplada com presentes, e amou. Amanhã irei conhecer a empresa de um morador da reserva, e se ele me contratar, será maravilhoso, porque realmente estou falido, minhas últimas economias, paguei o último mês de aluguel.
— estou exausta. — Dandara boceja, enquanto faz cafuné na minha filha, e assiste TV. — leva a pequena pra cama?
— humrum. — afirmo aproximando-se. — pode ser aquele quarto mesmo?!
— sim, liberei para ela escolher qualquer um. — deu de ombros, levantando, quando pego a Catharina no colo.
— e tão bom poder voltar a pega-la no colo assim. — confesso impactado com esse ato simples. — era angustiante ter que vê-la cuidar de mim, sendo obrigada a abrir mão da sua infância, para se preocupar em administra meu remédio, ou até mesmo me auxiliar na higiene.
— o que importa e que você está bem, e ela agora poderá curtir tudo que uma criança deve e tem o direito. — sorriu de modo pensativo, e beijou a testa da minha filha.
— vou colocá-la na cama. — subo as escadas, e logo entrando no amplo e arejado quarto, com uma porta para a varanda.
Deito minha filha, e cubro seu corpo. Dandara não fez a mínima questão, quando minha filha escolheu uma das suítes, que tem o mesmo tamanho do quarto de casal. Dandara é paciente, e ponderada, bem diferente de mim, sua forma de ser sempre observando tudo e a todos, me deixa atraído, a olhar seus mais simples movimentos.
Olho pela casa, procurando minha companheira, e logo vejo ela a distância, sentada em um banco no jardim. Sua mente está tão distante, que se não fosse suas habilidades, provavelmente não sentiria me aproximar.
— tudo bem?! — ela assente, apenas encarando o nada. — quer conversar?
— talvez. — assumiu, encarando os próprios dedos. — não quero que sejamos como alguns casais, que só tem sintonia no cio. Quero paixão, quero amor, e quero algo que me faça ansiar por encontrá-lo no fim do dia.
Levo minha mão a dela, e junto nossos dedos. Entendo o que ela está falando, depois que o cio cessou, estamos sempre tendo alguma discussão, e mesmo desejando está próximo a ela, não sei como agir.
— vamos tentar. Nos conhecemos, e construímos uma história. — envolvo meu braço por seu ombros, trazendo ela para mim. — queria agradecer. Quando me encontrou doente, você poderia simplesmente ter me abandonado, deixado que morresse, antes de termos alguma ligação.
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L3; O humano de Dandara ✓
FantasyLivro 3, da série companheiras. Dandara é um shfteres de tigre, rechaçada pela família biológica, porém acolhida pela família do Clark na reserva. Após se sentir angustiada sem um motivo aparente, ela resolve conhecer além do que normalmente já con...