CAPÍTULO 2

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DÊNIS;

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DÊNIS;

— papai, onde está Dandara? — minha filha pergunta, e nego em desentendimento.

O que aconteceu aqui? Aquela jovem simplesmente agiu como se eu fosse alguém importante para ela, até mesmo exigindo que ficasse bem. Depois saiu do quarto em disparada, como se realmente tivesse uma solução. Até daria uma risada, se a situação não fosse tão trágica.

Estranho também é gostar dela, sem explicação, apenas gosto do olhar dela, e da sensação que me invadiu quando estava na sua companhia.

— não sei amor. — minha voz sai em um sussurro.

— não quero que morra. — murmura em um fio de voz.

Acaricio seus cabelos macios, sentindo um embrulho no estômago, somente em pensar que ela ficará desprotegida, sem ninguém com quem contar. Ela só tem 8 anos.

— ei! — levanto o olhar, e me deparo com a jovem, nós encarando com os olhos cintilantes. — como está se sentindo?

— estou bem. — estou morrendo, e isso resume muita coisa.

Meu corpo parece que está sendo apertado por dentro. Um simples toque e sinto minha pele e músculos doloridos. Mas estranhamente, me sinto um pouco melhor no momento.

— espero que não fique bravo, mas minha família está vindo, e iremos cuidar de você. — encaro ela um pouco assustado. — não importa o que pense ou diga, enquanto a vida a chances, e temos uma ideia de algo que possa ajuda-lo.

Ela caminha até mim, e sentasse ao meu lado. É estranha a forma que ela me olha, mas tento pensar que é porque ela se encantou por minha filha. Estou receoso, mas é estranho a forma que confio nela.

— eu sei que parece estranho o que vou pedir... — sorriu envergonhada, torcendo os próprios dedos. — mas posso me deitar aqui com vocês?

— tudo bem. — afirmo e vejo seus olhos brilharem.

Sim, ela é uma garota extremamente estranha. Quem pediria para dividir a cama com um moribundo, e uma criança que dorme cansada?!

— precisamos ter uma conversa muito séria, mas não agora, você precisa estar melhor. — ela murmura suave, deitando bem próximo a mim.

— não vou estar melhor. — digo um tanto angustiado.

— sim estará. — afirmou com veemência. — tente dormir, e quando acordar, entenderá o que estou falando.

Ela acaricia meu rosto transmitindo uma sensação de conforto tão boa, que parece que tudo ao meu redor se acalenta. Minha dor está leve, ao ponto de achar que o fim.

...

Acordo com murmúrios dentro do quarto, e continuo de olhos fechando e respiração leve, para escutar o que está acontecendo.

L3; O humano de Dandara ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora