CAPÍTULO 3

7K 957 105
                                    

DANDARA;

Termino de banha-lo, e começo a seca-lo, tentando ao máximo não deixá-lo desconfortável. Eu sei que para os humanos, é bem difícil ficarem pelados em frente a outras pessoas que não tem intimidade. Nós shfteres temos mais liberdade enquanto isso. Claro que quando vivemos em comunidade, usamos roupas normais, para não deixar alguns desconfortáveis, porém as matilhas que moram em áreas afastadas na floresta, costumam andar sem nenhuma roupa, mudando apenas quando tem visitas, ou precisam ir a cidade.

— devo está extremamente magro. — Dênis comenta, quando pego ele com facilidade e coloco na cama.

Sou muito impulsiva, quando penso em algo, simplesmente vou e faço, e agora terei que explicar minha força acima da normalidade humana.

— você não está tão magro, deve estar com uns 55 quilos. — digo por fim.

— para quem pesava 80, é uma grande diferença. — assinto me sentando ao seu lado. — o que você deseja me falar? — questiona curioso.

— como está se sentindo? — pergunto mudando de assunto.

— estou bem cansado pelo esforço, porém quero muito saber o que tem para me falar. — torço meus dedos sem consegui encara-lo.

— você já ouviu falar em shfteres? — sorri nervosa levantando meu olhar para ele.

— sim. Existe muitas lendas sobre o povo da floresta. — deu de ombros.

— e se eu disser que isso não são lendas? — questiono nervosa.

— então eu diria que você é ainda mais estranha do que imaginei no princípio. — deu um pequeno sorriso que foi diminuindo confirme eu ainda continuava seria. — você acredita?

— sim. — afirmo com veemência.

— se você acredita, é porque tem seus motivos. — para um pouco pensativo. — porque acredita?

— bom... é que, bom. — eu nunca tinha me sentido tão nervosa. — eu sou uma shfteres de tigre.

— é o que? — ele arregala os olhos em minha direção.

— e somos companheiros de alma. — ele abre e fecha a boca várias vezes.

Acho que fui muito direta. ಡ ͜ ʖ ಡ

— olha, obrigado por me ajudar, mas eu preciso que se retire. — meus olhos ardem e meu peito aperta. — você viu que estou em um estado critico, e minha filha é apenas uma criança, então se você acha divertido fazer esse tipo de brincadeira, saiba que poderá fazer muito mau a alguém. — me olhou com decepção. 

— mas eu realmente sou. — afirmo levantando. — não percebeu a minha força? Ou a forma que nós demos bem, sem ao menos nós conhecemos direito?

— você pode muito bem ser alguém acostumada a usar a força, e por nós darmos bem, isso acontece. — contrapôs de modo sério.

— você não percebe que está se sentindo melhor? — ele afirma. — shfteres tem uma cura rápida, e não desenvolvemos doenças por bactérias como a sua. Apenas por nossa ligação, você já teve alguma melhora.

— isso não faz o mínimo sentido. Me desculpa, mas não consigo acreditar. — disse por fim. — estou cansado e realmente prefiro que saia. Agradeço imensamente por ter me banhado, porém... — ele para de falar conforme tiro minha roupa. — o que está fazendo menina?! — me repreende um pouco mais salto.

— tentei que acreditasse, você não conseguiu. Então por favor, não se assusta, pode não parecer, mais ainda será eu. — peço sorrindo nervoso.

DÊNIS;

Encaro a jovem nua a minha frente. Eu disse que ela era estranha, mas na verdade ela e louquinha mesmo.

— não vou me assustar, vai enfrente. — afirmo querendo que ela ache que virou um tigre, e saia da minha casa.

Como eu não desconfiei, que ela tinha problemas mentais?

— você não deveria ser tão incrédulo. — ela deu um pequeno sorriso, antes de...

— puta que pariu?! — fico estático vendo suas feições mudarem com grande rapidez, e um grande tigre branco assumir seu lugar. — mas, como assim?

A tigresa caminha com passos calmos até a borda da minha cama, e em um impulso sobe e se deita como uma gatinha ao meu lado. Se eu estou com medo? Estou com tanto, que nem consigo falar.

— pai?! PAI?! — minha filha grita assustada da porta, e a felina olha para ela espantada.

— calma filha, só volta para o seu quarto e depois te chamo, e te explico. — prometo e ela assente, saindo correndo. — por favor, volta ao normal que precisamos conversa. — peço e ela faz uns olhinho pidões antes de me lamber com vontade, como se eu fosse um filhote.

Quando ela se deu por "satisfeita", caminhou até próximo a suas roupas, e vi como mágica o corpo da mulher tomar forma novamente. Não sei em qual das suas formas ela é mais bela, mas com certeza, Dandara é extremamente linda.

— creio que agora acreditou. — disse começando a se vestir, não parecendo se importar por vê-la assim.

— sim. — afirmo por fim.

Quando ela terminou de se vestir, deu um suspiro me olhando com intensidade, parecendo querer que eu fale algo.

— o que disse, é realmente verdade? — pergunto agora juntando os pontos sobre a conversa que escutei mais cedo. — as lendas sobre seu povo, são reais?

— existe muitas histórias, mas quero explica isso com a pessoinha que está escondida atrás da porta, junto a nós. — disse e logo minha filha apareceu com um sorriso nervoso. — não precisa ter medo Catarina, jamais irei faze-la mau.

— eu sabia que já havia visto um gato gigante dentro daquele apartamento. — disse de modo acusatório. — mas a moça que morava lá, disse que era apenas o projetor que estava ligado, e me enganou.

— é a Meg, filha dos meus protetores. — respondeu por fim, dando um sorriso nervoso. — os pais dela vieram mais cedo, a tia Manu é médica, e o tio Clark é um estudioso da nossa espécie.

— vocês realmente acham que poderiam ajudar no meu caso? — pergunto esperançoso.

— vamos por parte, porque quero que a Cristina também entenda. — pediu puxando uma cadeira e sentando. — Cris, quero pedi-lhe, que tudo que falamos aqui, seja o nosso segredo?!

Minha filha me olhou de modo nervoso, e chamei ela para sentar ao meu lado na cama. Não temos segredos, e ela quer a minha opinião sobre se pode prometer ou não, e eu a dou com um sorriso confiante.

— tudo bem, não falarei a ninguém. — disse apertando minha mão.

— Cris, não quero que tema a mim, mas eu sei quando a pessoa está mentindo. — Dandara disse, e minha filha arregalou os olhos nervosa.

— desculpa, eu estava com medo... — chorou de modo assustado.

— não precisa chorar querida. — a jovem se aproxima, e acaricia o rosto da minha filha, secando suas lágrimas. — vamos resolver isso. Para quem você falou?

Ding-dong!

Minha filha da um sorriso nervoso, e Dandara levanta. Desliza a mão pelo próprio corpo, parecendo querer deixá-la mais apresentável, e sorri acolhedora, antes de sair pela porta do quarto.

❗❗AVISO ❗❗❗

❗sou a Indi, amiga da Malu, ela me deixou responsável por postar os capítulos sempre que desse, porém irei fazer uma viagem, e só retornarei no início do próximo ano, então não poderei mais ajudá-la.
Um abraço e até ano que vem, e a Malu mandou avisá-los, que está com saudades.

😘😘😘😘😘😘

Código do TT;
K674539955

Código Kwai;
Kwai239225019

L3; O humano de Dandara ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora