Destinados > FINALIZADA<

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                             Ana Bella

Ana: eu sei que você deve tá me achando uma idiota agora, mas é como a Anna falou. Se coloca no meu lugar Geizon. Você assim que soubesse teria corrido pra cá, eu ainda demorei.

Xamã: eu sei, eu sei.- fechou a porta do meu quarto e se sentou na mesa em frente minha cama- mas isso não deixa de ser uma puta burrada Bella.

Ana: eu tô com três galinhas protetoras aqui. Você, PK e Filipe. Acha mesmo que vai acontecer alguma coisa comigo? -ele respirou fundo fechando os olhos.

Xamã: eu peguei o pk e Agnes no pulo ontem.- disse rindo baixinho olhando pra janela.

Ana: o que?- processando...

Xamã: eles tavam na área fumando e sem querer eu vi demais.

Ana: você viu o que exatamente?- gente que fofoca!!

Xamã: eles conversaram algo que eu não consegui escutar e ele puxou ela pela cintura e... Bom, o beijo foi tenso. Eu saí porque senti que tava até atrapalhando mesmo eles não sabendo que eu tava lá.

Ana: Geizon PUTA QUE PARIU QUE BABADO!- ele pulou em cima de mim e colocou a mão na minha boca.

Xamã: e você quer contar pra casa inteira Bella? O babado é só pra ficar aqui mané.

Aquela mão... Aquela boca carnuda... Eu desaprendi a ficar sem sexo no momento que comecei a namorar com ele mas... Agora não estamos mais juntos. Não podemos... Eu não posso.

Xamã: sim Bella, a gente pode.- ele literalmente leu minha mente- seus olhos gritam mais que sua língua as vezes sabia?

Sai Geizon! Sai de cima de mim antes que eu mande meu autocontrole pra casa do caralho! Só saí.

Xamã: é só pedir e eu te dou... Pede.- tirou lentamente a mão da minha boca e desceu ela pro meu pescoço fazendo carinho ali, um carinho agressivo.

Mordi minha língua. Eu não iria deixar ele ganhar esse joguinho de merda! Ele que enfie o pau em qualquer buraco mas no meu não mais!
Empurrei ele com toda minha força mas ele me segurou firme, roçando em mim...

Ana: Geizon...- seus olhos brilharam me encarando- me deixa sair... Por favor.

Em um segundo ele já não estava mais sobre mim e suas mãos distantes do meu corpo.

Xamã: eu vou fazer o rango hoje, não dorme. É lasanha.- dessa vez meus olhos que brilharam e ele sorriu saindo do quarto.

Assim que a porta fechou comecei a tirar minha roupa, peguei uma toalha no guarda roupa e comecei a encher minha banheira. A água tava tão morninha que eu soltei um suspiro de prazer por estar tão perfeita.

....

Anna: o cabeção! Ana Bella?

Acordei com a Anna me chacoalhando e senti meu corpo todo enrugado, eu dormi dentro da banheira puta merda.

Ana: por quanto tempo?

Anna: no mínimo uma hora e meia.- respirei fundo, puta merda Ana bella.- almoço tá pronto Ana, vamo comer.

Ela se levantou já indo pra porta

Ana: eu só vou me arrumar e já vou.

Maconha. Eu preciso dessa merda agora.

Me enrolei na toalha e sai do banho já indo pra gaveta do lado da minha cama, amém que tinha um bolado. Coloquei roupa e sai do quarto subindo despercebida pro estúdio das pessoas.
Sentei no muro da varanda como de costume e ascendi o beck tragando em seguida. Porra! Eu precisava muito disso. Não fumava dês da última vez que estava aqui.

Ret: que vício feio.- surgiu ao meu lado fumando um também e eu sorri diante da sua implicância.

Ana: Geizon tá surtando por eu tá aqui, mas não acho que precise de tudo isso.

Ret: você corre risco de vida aqui.

Ana: eu corro risco de vida em todo lugar, qualquer um corre. Lá em SP eu poderia ter morrido de bala perdida, ou o avião ter caído ou sei lá um carro me atropelar enquanto eu atravesso a rua ou...

Ret: meu deus cala boca! Você fala muito fumando puta merda.

Sorri puxando de novo.

Ana: só tô querendo dizer que eu dou conta. Posso dar conta. Ainda mais com vocês aqui comigo.

Ret: então somos o plano B?

Ana: olha em minha defesa eu não tinha um até vocês chegarem do nada tá!

Ele gargalhou e tragou o dele.

Ana: de qualquer forma, obrigada.- soltei a fumaça vendo ela ir na direção do céu aberto.

Ret: pelo que?

Ana: por vocês se importarem, por estar aqui por nós. Por serem vocês.

Ele me abraçou de lado e logo me soltou. Fumamos o resto em silêncio absoluto.