90

812 56 4
                                    

Acordo com o som alto de um funk antigo que provavelmente o Ret escolheu e me sento na cama, olho pro lado e Geizon está meio acordado mechendo no seu celular.
Como as coisas vão ficar depois da foda? Voltamos? Não voltamos?

Xamã: meu deus eu tô morto.- reclama fechando o celular e se virando de bruços na cama.

Ana: quanto tempo dormimos ein?- olho no relógio na minha parede e marca 18 da tarde.- muito, levanta Geizon!

Ele resmunga algo e com um braço me deita de novo me prendendo contra ele.
Fecho meus olhos e respiro fundo sentindo o seu cheiro.

Ana: precisamos comer, eu preciso comer. Tô morrendo de fome.

Ele me solta e eu levanto indo ao meu guarda roupa escolher uma roupa. Visto um shortinho solto que tinha na frente e um top que vai até o meio da cintura, coloco meu chinelo e vou até a porta dando uma última olhada naquela bunda divina antes de sair do quarto.

PK: eu achei que tivesse morrido- me disse assim que apareci na sala

Ana: tivesse? Eu ainda tô morta.- me joguei no sofá em cima dele.

Major: cê tá fedendo a Geizon, sai sebosa!- resmungou tirando meus pés de cima dele.

Ana: vai se fuder.

PK: tava bom em, nem o som alto do ret impediu nós de ouvir o xvideos que tava rolando naquele quarto.- mandei dedo pra ele e ele puxou a mecha de cabelo que tava no seu colo.

Ana: cadê a Agnes?- major indicou o quarto.

Bom, eu não vou insistir. Ela precisa de tempo e eu vou respeitar esse espaço dela.

Ana: senti falta de você aqui em casa.- disse ao Major.

Major: a vida tá um corre da porra, eu sumi mas você também não apareceu lá em casa.

PK: ela também tava ocupada- puxou a língua e fez boca de boquete

Ana: blablabla broca isso, broca aquilo, cala boca vadia tô me alimentando- indiquei o quarto- não fode!

Eles gargalharam e eu me levantei indo pra cozinha, tudo pra chegar e ver o Ret comendo a Anna com os dedos no balcão. Que sena linda, sai da cozinha.
Passei pela sala e fui pro meu quarto de novo.

Ana: indiozinho...- ele resmungou, velho!

Xamã: me chama amanhã que eu respondo.

Ana: não, vem cá!

Virei ele e sentei no seu colo beijando seu pescoço e depois encostando minha cabeça no teu peito. É, eu realmente estava com muita saudade.

Xamã: quer de novo?- neguei- devo levar como uma ofensa?- ri baixinho e neguei novamente.- o que foi pequena?

Ana: como nós ficamos? E não fala pra mim responder porque eu não sei.

Xamã: sem compromisso e com nós e outros?- encarei ele feio e neguei.- quer voltar então?

Suspirei. Sim. Não. Eu realmente não sabia a resposta, então eu só fiquei em silêncio e levei uma das minhas mãos ao seu cabelo fazendo círculos preguiçosos ali.

Xamã: você tá uma confusão do caralho né?

Ana: sim. Eu amo você, mais que tudo que eu tenho. Mas ainda tô chateada Geizon, porque você me deixou ir e nem olhou pra trás quando eu saí.

Xamã: eu sei, desculpa. Não quero perder você

Ana: não vai

Xamã: você entendeu em que sentido Bella, quero você comigo. Nós contra o mundo lembra?- concordei.- não acaba com tudo que nós lutou pra ter não

Ana: e como lutamos.- sorri lembrando de tudo, até da surra que levei da mulher que agora a casa veste luto por ela.

Xamã: então?

Ana: vamos com calma Geizon, com calma.- ele concordou com a cabeça e passou os braços pelo meu corpo me abraçando forte.

Xamã: eu te amo pra caralho Bella- sussurrou

Ana: eu também.

Todas as noias que eu tive em São Paulo de não amar mais ele, de não querer estar mais com ele como sua, sumiu no momento que passei por aquela porta de novo. Eu realmente o amo e não sei se sou capaz de algum dia deixar de amar ele assim. Tudo sempre volta, nós sempre voltamos. Destino filho da puta!

Destinados > FINALIZADA<Onde histórias criam vida. Descubra agora