continuação Glimmer a cupido (parte última)

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Adora suspirou assim que abriu a porta do seu luxuoso prédio.

Comprara o apartamento pra si mesma afim de ter um pouco de paz sem encheção de saco de vizinho querendo dar as boas vindas ou sendo invasivos no seu espaço pessoal.

Mudou o nome do condomínio e reconstruiu o prédio para ser somente seu onde ela tinha vários "quartos" sobrando.

Talvez um pouco orgulhoso da sua parte, mas ela só queria um pouco de espaço a si mesmo.

Sempre que chegava, ela tirava os saltos, desabotoava os botões da blusa social e elegante, enchia a taça de vinho como qualquer pessoa chique e se deitava confortável no sofá.

Hoje não seria diferente, mas bom...digamos que hoje ela estava precisando de muito mais pra se acalmar. Por que seu coração não parava de bombear sangue pro seu rosto, ela sentia suas palmas suarem frias e seu rosto arder de vergonha.

Sua ansiedade atacando novamente, a única coisa boa disso é que o sentimento que estava sentindo agora não era opressor e sim reconfortante e saudoso. Como se ela provasse uma comida deliciosa na infância e só agora provou novamente, revivendo assim seu delicioso gosto.

Sentou e fez a prática da respiração afim de acalmar seu pequeno desespero.

Assim que recuperou o controle de suas emoções, ela abriu devagar a folha e seus olhos ignoraram as fichas dos outros atores, focando somente na morena de cabelo curto e olhar sério para a câmera. Ficou parada em suas lembranças da época em que conhecia a morena.

Ela sabia que seu rosto sério desprovido de qualquer emoção era só fachada. Catra nunca gostou de tirar fotos e sempre que ela saía em alguma fotografia sua expressão era dura e séria, mas a verdade é que ela sentia vergonha ou receio.

Adora sabia o porquê.

Diante da saudade e lembranças antes reprimidas agora sendo desbloqueadas, ela procurou na ficha da garota alguma informação ou rede social. Durante todos os anos ela sentia vergonha em admitir que nunca foi atrás dela ou sequer pensou em pesquisa-lá numa rede social.

Leu abaixo sua ficha com um sorriso.

Lutadora de artes marciais mistas.

Órfã.

22 anos.

E blá blá blá...

Revirou os olhos desinteressada com a informação que já sabia.

Opinião do diretor: Experiência nenhuma no mundo dos filmes, mas possui uma boa performance nos testes que fez.

Adora descobriu que Catra na verdade foi indicada por alguém e acabou fazendo o teste.

Quando perguntada o real motivo por aceitar o convite, ela respondeu:

"Talvez essa seja uma oportunidade que eu não possa deixar e que eu tenha que dar tudo de si para esse papel, uma experiência que eu não posso ignorar".

Adora sentiu uma pontada de orgulho da morena, ela continuava tão desafiadora como antes.

Achou sua rede social e começou a ver suas fotos.

Não se surpreendeu ao notar que ela tinha poucas fotos e nas fotos ela sempre era retraída, como se tivesse sido obrigada a sorrir. De novo aquilo.

Adora entendia esse sentimento.

Suspirou ao ver seu rosto focado na foto. O sol batia e refletiam seus olhos deixando o amarelo dourado brilhar e o azul turquesa do olho assumir uma cor mais forte, quase verde.

One Shots CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora