Adora a cachaceira

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Os raios solares invadiram seus olhos trêmulos e Adora se obrigou a acordar.

Se espreguiçou e ao virar o rosto se deparou com a agradável visão de uma morena de sardas deitada ao seu lado.

Catra sua melhor amiga e paixão não-tão-secreta havia adormecido ao seu lado depois de cuidar de uma loira bêbada na noite passada.

Sorriu e delicadamente tirou algumas mechas rebeldes cacheadas do seu rosto acariciando seu rosto no processo.

Catra apenas ressonou baixinho, parecia que ela estava tendo um ótimo sono.

Por mais que Adora quisesse ter manhãs assim com ela, sabia que a outra a via somente como amiga. Mas não custa sonhar né?

Acho que ela pode ser considerada de sorte já que Catra não era de namorar, segundo a morena, era inútil pra ela amarrar em alguém agora. Catra era o tipo de pessoa que tinha a facilidade de desapegar, na verdade ela agia logicamente ao contrário da loira.

Catra era muito boa em saber quando alguém seria uma pedra no sapato ou não, isso também salvou a loira de ter alguns amigos falsos na sua vida.

Se lembra de agradecer a Catra quando acordar.

Ela lembra que sempre brigou com a amiga quando ela se metia nas suas amizades mas depois via que a morena estava certa.

Uma habilidade única.

Catra era única.

E Adora era loucamente apaixonada por ela.

- Humm, Bom dia cachaceira!

Adora acordou de sua distração e percebeu que Catra estava com olhos semicerrados em sua direção.

Aparentemente ela acordou e pegou a loira divagando.

Sorriu preguiçosa sentindo a garganta seca. Desconfiava que passou a noite vomitando.

- Bom dia gatinha.

- Ughh!

Revirou os olhos e ergue o tronco da cama. Adora corou quando viu a morena só de top e (seu) short moletom.

- Humm...

Sentindo seu olhar, Catra sorriu em sua direção hipnotizando sem saber, sua amiga.

- Hum, você vomitou em mim ontem e eu tive que tirar meu casaco e minha calça, espero que não se importe – apontou para o short que usava.

Se eu me importo? Pelo contrário, use isso mais vezes.

Adora balançou a cabeça tentando sentar mas acabou se sentindo tonta.

- Eu não importo, eu...ai – reclamou segurando os lados da cabeça.

- Não se levanta de uma vez idiota – sorriu colocando a mão no seu peito e a empurrando delicadamente para se deitar – você ainda tá de ressaca. Fica aqui que eu vou trazer um remédio princesa.

Sorriu toda boboca.

Adora tinha um penhasco e nem disfarçava.

Se deitou suspirando e esperou.

Se perguntou o que teria acontecido ontem a noite que a motivou a beber mas logo lembrou que o motivo estava ali procurando remédios para ela.

Se lembra de ter discutido com a morena mas não lembra o motivo, logo depois foi pro bar (algo que ela normalmente não faz) e bebeu até ter que ser encontrada por uma Catra preocupada.

Agora se odiava por ter dado tanto trabalho pra amiga.

Gemeu ao sentir a dor de cabeça voltar.

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