Capítulo 18 (Os cinco infernos)

363 26 2
                                    

pov Zaniel

- Virou surdo agora? Sabe pode ser um grande problema para nós se em plena guerra você não me escutar ó grande Supremo. - Colin diz tentando chamar minha atenção, mas minha mente ainda está naquele momento, eu vi em seus olhos que ela não queria se afastar, ela me desejava tanto quanto eu. Ela não vai ceder, mas depois de tudo será mil vezes pior tentar se afastar de mim como da primeira vez.

Colin bufa irritado se jogando na cadeira a minha frente, eu devia estar prestando atenção no que ele diz, mas não consigo, meu corpo e minha mente insistem para eu ir atrás dela, a dor de vê-la perto e não poder tocá-la me sufoca.

- Melinde foi capturada. - Olho rapidamente para Colin, como assim? - É zoeira, mas não consigo chamar sua atenção.

- Se fizer isso de novo eu arranco seus membros. - Digo irritado pela brincadeira ridícula do mesmo. Ele se aproxima de mim.

- Então vê se escuta seu beta a partir de agora, beleza?! - Aceno com a cabeça ligeiramente prestando atenção ou tentando pelo menos. - Já convoquei os ferreiros, chegarão daqui a uma semana, pedi que fizessem algumas novas armas para nos ajudar na batalha é claro. Mas o problema é que eles pedem um modelo de preferência de sua "majestade". - Ele diz fazendo aspas com as mãos a última palavra.

- Como foi Melinde que propôs a ideia, fale com a mesma. - Ele concorda com a cabeça.

Parando pra analisar, acredito que seria uma boa ideia Melinde participar das reuniões, executar deveres de uma Suprema, por mais que não somos casados, penso que seria uma ótima ideia ela criar uma ligação com o povo.

- Que cara é essa? - Colin pergunta receoso.

- Diga para Melinde que a partir de amanhã ela terá a obrigação de realizar as tarefas como Suprema, ela quer liderar, mandar e a puta que pariu, mas se ela quiser mesmo não irei pegar leve com ela, diferente de mim ela não foi treinada para este cargo. - Digo enquanto me sirvo um copo de whisky, Colin me olha boquiaberto pela minha decisão.

Melinde gosta de mandar, mas ela não percebe que é um ciclo isto aqui, sem minhas ordens nada acontece, ela terá que fazer os deveres de uma Suprema da realeza, esta alcateia é uma fortaleza porque dia e noite eu trabalho para mantê-la assim, uma dentre vários deveres que tenho. Tenho certeza de que a mesma irá me odiar por isso, mas não estou preocupado.

- Hahaha você fica cada dia mais engraçado, como sua namorada. - Ele diz falsamente dando risada, mas minha mente se perde na última palavra "namorada"... Não chegamos nem a oficializar e consegui estragar tudo, vai demorar um pouco até que volte tudo ao normal, mas com Melinde tudo é imprevisível. - Você tá falando sério? Quer saber não vou te impedir, vou informá-la, mas já aviso, nem pense em me chamar quando der tudo errado.

Ele diz saindo da sala, às vezes eu não o entendo, uma hora parece ser amigo dela e na outra querer ela o mais longe possível, ele terá que respeitá-la, somos irmãos, mas não pense ele que por isso deixarei tratá-la deste jeito. O idiota saiu tão depressa que nem pude dizer o que estava pensando em fazer. Decido ir até o centro da alcateia e ver como anda as coisas por lá pessoalmente.

Estou caminhando pela praça principal, quando um garoto chega até mim, ele puxa minha blusa pedindo que eu me abaixe até ele que me olha com curiosidade.

- Você se parece muito com aquele senhor ali. - Ele aponta para minha estátua no centro, o povo fez em minha homenagem quando os salvei de um ataque eminente de vampiros Supremos. Ele fica me comparando com a estátua, sorrio pela inocência da criança.

- Eu não sei, acho que sou mais bonito que ele não?! - Brinco com ele que sorri de volta. Esse sorriso me faz lembrar dela, queria que ela estivesse aqui para me ver, ela sempre dizia que eu seria o mais poderoso de nossos ancestrais, mas também o mais mimado, ela faz falta.

A Última SupremaOnde histórias criam vida. Descubra agora