Capítulo 8 (Papai)

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pov Melinde

Depois da conversa emocional com a velha, resolvi tomar um longo banho, a água fria descia pelo meu corpo nu varrendo qualquer sentimento, menos a dúvida... Ele.

Eu sinto algo por ele, mas ao mesmo tempo sinto uma raiva imensa por ele me deixar nesse estado, sinto que não sou mais a mesma desde que o conheci, não nego, ele é o pecado em pessoa. Já posso imaginar o quanto já se divertiu com várias pulguentas mimadas a alfas, tirando o resto que nem posso pensar, pelo menos é o que ouvi as empregadas falar nos corredores, puf galinha, já era de se esperar de um "Supremo".

Depois de me lavar com produtos de essência de cereja que pra mim é bem estranho ter aqui, vou ao closet e visto um vestido preto longo e liso com mangas compridas e um decote leve nos seios, não costumo usar vestido, mas hoje por que não? 

Saio em direção á sala de jantar já que o queridão proibiu de me trazerem comida na expectativa de me fazer jantar com ele e como estou morrendo de fome não me resta outra escolha, mas vai ter volta. Quando chego na enorme sala de jantar com várias velas acesas dando um ar de mistério, o vejo sentado na ponta da mesa que cabe um exército inteirinho, percebo que ele me olha de cima abaixo mordendo o lábio inferior, fazendo um fogo se incendiar dentro de mim, mas que caralho.

Caminho em sua direção, ele levanta puxando a cadeira para eu sentar, o que me irrita por achar que sou uma idiota patricinha que não sabe puxar a droga da cadeira.

- Eu posso fazer isso. - Digo séria olhando para ele.

- Eu sei, mas não seria nada cavalheiro de minha parte. - Ele diz com um sorriso de canto e que sorriso maldito, decido não me irritar mais e me sento na cadeira, ele chama uma empregada e quando vejo tem gente por toda parte trazendo comida, pelo amor de Selene eu não sou um elefante para comer tudo isso não. Assim que eles terminam de por a mesa, se retiram nos deixando a sós, ele olha para mim esperando alguma reação, mas ainda to de boca aberta com toda a comida que trouxeram, mal percebo que estou babando em meu prato.

- Pra que tudo isso? Você tem cem lobos interiores para alimentar? - Digo duvidosa.

- Haha não lobinha, mas como não sei seus gostos, mandei preparem as melhores iguarias de nossa alcateia. - Ele sorri para mim que ainda estou espantada. - Vamos comer.

Ele começa a se servir e eu também, o resto do jantar foi silencioso, tirando o fato de que ele não tirou os olhos de mim nem por um segundo.

- Por que não se transformou? - Quase engasgo com o vinho.

- Como é? - Digo limpando a boca com pano enquanto tomo um gole de água.

- No treinamento com Colin. - Ele está falando sério agora, por que o interesse? Não posso revelar Valarie á ninguém, quando me transformo meus inimigos aqueles que são fodões e difícil de matar, sentem o cheiro de meu poder a quilômetros de distância. Não me transformando sem necessidade é segurança para mim e preciso estar viva para matar a desgraçada.

- Não preciso me transformar para derrotar Colin e também já disse que não quero chamar atenção. -Digo indiferente desviando de seu olhar penetrante para meu prato.

- Você é confiante, gosto disso. - Sinto meu rosto queimar com seu elogio, mas que merda por que ele tem que ter esse efeito? Ele percebe e sorri de lado.

- Olha aqui cachor... - Quando estou prestes a xingá-lo, ouço gritos vindo do lado de fora.

Nos olhamos assustados e corremos em direção a enorme janela, há fogo por toda parte, as pessoas correndo e gritando desesperadamente, tentando proteger seus filhos. Quando a fumaça abaixou, vi bruxas e alguns vampiros lutando com os lobos.

A Última SupremaOnde histórias criam vida. Descubra agora