CAPÍTULO 34: O COMEÇO DE UM FIM DOLOROSO

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— Tudo bem, Samuel. Meu turno acaba aqui — disse um guarda.

Esse guarda estava vigiando a areá comercial de Vincent. Apesar de ocupada, ainda tinha sua areá comercial em funcionamento. A verdade é que Ezequiel está tentando evitar problemas ao máximo, então deixou todos os moradores a vontade por tanto que não saíssem. Existem aqueles que mesmo assim tentavam sair, mas o culto punia severamente quem fazia.

O guarda se despediu de seu colega e foi em direção da estalagem de soldados que o culto havia tomado para eles. Ele andava tranquilo, antes de Moira surgir por trás dele e o surpreender, dando um mata-leão e o levando para uma moita.

Escondida atrás da moita junto de Moira, Margareth parecia impaciente.

— Meu Deus, ele está se agoniando! — disse a princesa.

A amazona não estava conseguindo desacordar o guarda. Não conseguia entender porque, "meu mata-leão nunca falhou" ela pensou.

— Mais rápido com isso.

— Estou tentando!

O guarda era bem treinado, ela admitia. Mas não foi muito esperto desafiar aquela mulher. Quando finalmente perdeu a paciência, Moira arrastou aquele homem para perto de uma árvore. Não foi uma decisão sutil, mas ela ameaçou ser vista para poder apagar aquele homem. Golpeou a cabeça dele naquela árvore, e quando desacordou, foi puxado para a moita novamente.

— Espero que você saiba o que está fazendo — Margareth declarou, olhando em volta. Tentava avistar lugares aonde Ezequiel provavelmente estaria.

— Eu posso não ser tão furtiva quando Nicolas — Moira confessou — mas tive minhas aulas com as amazonas. Sabe também quem eu estudei? — a amazona sorriu, feliz que suas leituras no fim valeram a pena — Ezequiel costuma se instalar nas casas de líderes das vilas e aldeias que invade. Nunca ouvi nada de suas invasões a cidades, mas consigo deduzir que a prefeitura seria seu alvo.

— Então ele pode estar na prefeitura?

— Foi o que eu disse.

Moira pegou a adaga e uma espada do guarda. Ela continuava agachada, pensando um pouco.

— Princesa — Moira a chamou. Se levantou e ficou cara a cara com a maga — Isso será a coisa mais honrada que eu... que eu farei em toda minha vida...

Margareth colocou seu dedo indicador nos lábios da amazona.

— Não fale como se essa fosse sua última batalha. Não será. Se tudo der certo, a última coisa que terá aqui será o suspiro de Ezequiel.

Moira parecia deprimida.

— Preciso te falar algo — insistiu Moira, mas foi interrompida novamente.

Margareth puxou Moira e encostou sua testa com a dela.

— Você poderá dizer o que quiser depois dessa batalha — com doçura, olhou para os olhos de Moira — E seja lá o que for, eu te darei uma boa resposta.

A amazona respirou fundo, e acenou com a cabeça.

A porta da frente da prefeitura foi destroçada por Margareth. Moira imaginou que Ezequiel estará no andar de cima, e de fato, a prefeitura só tinha dois andares. A busca seria rápida e frenética.

Dois guardas vieram na direção delas. Margareth levantou sua mão para responder com fogo, mas foi interrompida por Moira.

— Deixe comigo — a caolha disse.

Ela partiu para cima dos guardas, que tentaram ataques diretos, mas Moira nunca teria saido daquela cela se não tivesse certeza que iria aguentar. Ela defendeu o primeiro golpe e contra-atacou em seguida, perfurando o peito do primeiro guarda. Em seguida, jogou o guarda ferido para cima do outro, que desorientado, abriu a defesa para Moira decapita-lo com um único golpe.

Dinastia Grimm: A Presa Do Lobo Mau (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora