CAPÍTULO 25: A PRINCESA E O SAPO

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O clima estava esquisito. A aglomeração de pessoas naquela taverna possuía desde humanos curiosos a até anões nervosos. Todos estavam olhando para alguém, uma pessoa que estava sentada em uma das mesas.

Se perguntavam o porquê daquela pequena garota estar ali. Não aparentava ser alguém que frequentaria uma taverna, muito longe disso aliás. Os que estavam próximos tentavam acalmar a menina, enquanto muitos tentavam continuar bebendo seus copos cheios de hidromel.

Foi então que mais uma pessoa entrou naquela taverna; a porta foi aberta, dando espaço para o sol iluminar aquele local escuro, e a sombra da mulher caolha engoliu o local. De forma até desnecessária, a amazona havia intimidado algumas pessoas, pois já não bastasse sua capa, partes de armadura e sua espada demonstrando uma grandiosa nobreza, ainda havia seu rosto feminino e de traços finos, que de certa forma, destacava sua enorme cicatriz no olho. Moira tinha uma reputação, ela era respeitada.

Logo atrás da amazona, tímida pelos inúmeros olhares, a maga Margareth estava seguindo sua líder. Nicolas de Lestade também seguia, mas com um sorriso sacana no rosto.

O clima ficou mais tenso quando foi a vez do lobo Nero entrar, de peito erguido e um olhar sério.

Moira seguiu andando, e as pessoas davam espaço para os caçadores se aproximarem da garota.

Os membros da Presa De Lobo Mau cercaram a jovem garota, mas apenas Margareth se sentou na mesa para ficar de frente com ela.

O olhar calculista da amazona cercou o corpo da garota de pele parda, vestida de forma nobre, apesar de tentar esconder com um pano sujo. A garota estava assustada, e o olhar de Moira e a presença de um lobo não ajudava. Quando foi dito para eles sobre uma garota perdida na taverna, só a Presa De Lobo Mau decidiu ajudar. Os outros grupos que estavam naquela cidade se consideravam importantes demais para isso.

— Olá — disse Margareth, com um sorriso acolhedor — Não precisa ficar assustada. Nós somos caçadores da Guilda, e estamos aqui para ajudá-la.

A garota apenas balançou a cabeça, mas ainda calada e tímida.

Margareth continuaria insistindo, mas utilizando de gentileza para deixá-la mais a vontade.

— Você parece bonita demais para frequentar uma taverna — ela olhou ao redor — Sem querer ofender vocês, lógico — voltou a olhar para a garota — Daria para dizer seu nome?

Ficou relutante no começo, mas Margareth parecia ser uma pessoa boa demais para ficar sem resposta.

— Ramona... Drummond — sua voz quase não saiu, mas conseguiu falar alto suficiente para surpreender todos.

— Bem... — Margareth ficou meio sem jeito — Como uma princesa linda como você veio parar tão longe?

Moira conhecia, óbvio. Havia estudado sobre não só todos os reis e rainhas, como também suas árvores genealógicas. Ramona é filha do rei Adam e a rainha Bela. Tinha quinze anos (a idade da Brígida) e era princesa do reino de Belle Sainte (o reino que eles estão agora).

Era fruto de um dos relacionamentos mais respeitáveis e romantizados do continente; a Bela e a Fera.

— Estou assustada — disse Ramona.

— Ah, Ramona — assentiu Margareth — Nós somos boas pessoas. Nero é um dos seres mais gentis que eu conheço.

— Pode pá, mocinha — disse Nero — Eu tô aqui para ajudar.

— Não estou com medo de vocês — a garota afirmou — Eu... Essa carta — ela retirou uma carta do seu vestido e deu para Margareth. Margareth deu para Moira — É de um padre no reino de Fabeln. Ele está nas mãos de homens maus.

Dinastia Grimm: A Presa Do Lobo Mau (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora