CAPÍTULO 24: NOVA JORNADA APÓS A TEMPESTADE

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— Tudo bem, querida? — perguntou Cinderela.

A rainha de Fabeln estava sentada em seu trono, enquanto conversava com sua filha logo ao lado. A garota ainda estava afetado por todo o horror que teve que presenciar no dia anterior, mas se mantinha firme e ativa para ajudar como podia.

— Estou, mãe — disse Katina — Só não consegui dormir bem.

Diferente das duas, Edgar e Henry nem sequer se olhavam. O príncipe estava do lado do rei também, mas ambos olhavam para frente, na direção dos membros da Presa De Lobo Mal, que estavam todos descansados, apesar de ainda afetados também.

— Coloque na frente dos caçadores — disse Edgar, ordenando para um serviçal que estava carregando um espelho.

O espelho foi colocado na frente dos Caçadores. Logo, o reflexo deles foram substituídos pelo rosto da Branca De Neve, numa transmissão mágica.

— Rainha Branca De Neve — disse Moira, que tomou a frente e se ajoelhou.

O olhar de desprezo de Branca era visível — assim como todos os olhares que ela direcionou para Moira —, tanto que desviou para a direção de sua filha. Margareth retribuiu acenando com um sorriso doce.

— Pelo visto... — disse Branca para a amazona caolha — Escolheram você como líder. Te respeitam.

— Sim, rainha — respondeu Moira, se levantando — Se há ordens, deve direcioná-las para mim, como diz a regra número...

— Já entendi — interrompeu, seca e fria — Se conseguiu a confiança de minha filha, julgo que seja a melhor escolha. Então, irei dar as ordens.

Todos prestaram atenção.

— Uma cidade do reino de Belle Sainte está tendo problemas. Criminosos dominaram as redondezas e criaram um ambiente hostil. Há magos exilados entre eles.

— Não será nada fácil — deduziu Moira — Teremos ajuda?

— Estamos contatando outros grupos de Caçadores.

— Tudo bem. Estamos a caminho.

Branca de Neve ficou alguns segundos em silêncio, olhando para cada um dos membros daquela equipe. Todos estranharam a pausa repentina.

— Algo a preocupa, mãe? — perguntou Margareth.

Ficou em silêncio por mais alguns segundos, até que bufou. Cinderela então falou, mesmo estando atrás do espelho e não tendo contato visual.

— Dalíla Rosengerb lhe preocupa, velha amiga? — Cinderela disse, com sua voz angelical.

— Sim. Imaginar que minha filha ficou tão próxima dela me assusta. Eu não a vejo faz mais de vinte anos. Por que logo agora?

— Porque agora ela tem ajuda — disse o rei, com sua voz alta e imponente — E ainda por cima, uma de vocês.

— O que está querendo insinuar? — questionou a rainha Branca.

— Simples: a bruxa e terrorista conhecida como Rosa Vermelha saiu de vosso reino. Acho incrível a capacidade de sua Universidade de criar Magos Errantes.

— Henry! — disse Cinderela, não gostando nada do jeito que seu marido falava com Branca.

— Não se preocupe, Cinderela — disse Branca, que logo se direcionou para Henry — Não adianta falar das exceções e esquecer da maioria, rei Henry. Os magos daqui são o orgulho de nossa nação.

— Gostaria de acreditar nisso.

— Quer saber? Tenho mais no que me preocupar — ela se direcionou para os Caçadores — Vão para a cidade do Alfaiate Valente. Tomem cuidado.

Dinastia Grimm: A Presa Do Lobo Mau (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora