XII

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(Autora: Aviso! No começo do capítulo poderá ter cenas fortes, estão avisados caso tenha gatilho! Perdoem caso tenha algum erro ortográfico, e Boa leitura!)

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Estava em meu quarto. Naquela escuridão. Eu estava desenhando com apenas uma pequena luminária da cor azul ao meu lado, era uma mulher no desenho. Após ter finalizado, aquela escuridão no cômodo, começou à me tomar de forma que me deixasse sufocada, e tudo que vinha, era o desenho em minhas mãos.

Então clareou. Conforme eu piscava, me acostumava com a luz do local, eu percebia que estava em uma sala bem organizada, bonita e espaçosa.

Escuto alguém cantarolar, olho para o lado, onde ia para um novo cômodo. A cozinha, talvez.

- Senhorita Amélia, terminei seu café.   - Uma voz agradável e mansa soou pelo lugar. Me aproximei com cautela, cheguei na entrada, e era sim uma cozinha, americana por sinal.

Dejá-vu? Eu já tinha visto aquela cozinha antes, e pelo que parece, a sala também me parece ser familiar.

Olhei para o lado, vendo uma jovem que eu só conseguia ver o corpo coberto por um uniforme azul e branco, e seu cabelo loiro, preso em um penteado alto. Sua voz... Eu conhecia aquela voz...

- A mesa já está preparada, também, senhorita Amélia.

- Me chame só de Amélia. Eu já disse.    - Uma voz mais conhecida ainda, estava do meu lado. Me assustei vendo eu mesma naquela cozinha.

- Perdão, senhora. É o costume. E também o respeito pela senhora.

-... Tanto faz.   - Revirei os olhos -   Tome café comigo  - Ela disse um nome que não consegui compreender direito -  E sem recusar.

A loira pareceu ter se assustado com a pergunta, mas aceitou.

Apareci na sala de jantar em um piscar de olhos, “eu” e a moça que parecia ser jovem só pela voz, estavam ao redor da mesa.

As vozes aceleram enquanto eu observava aquela garota. Por que o rosto estava borrado? Eu gostaria tanto vê-lo.

O desenho.

Olhei o desenho então foi como se eu sentisse um tremor abaixo de mim. O corpo magro e o belo cabelo loiro mas solto. As únicas coisas que mudavam eram as vestes que pareciam ser de hospitais. Nada mais.

- Irei tentar sair cedo hoje. Talvez possamos ir para o shopping que inaugurou esses dias, Laura.

Laura? Então aquele simples rosto sem face, começou a se transformar em algo mais humano.

E foi aí, que lembrei. Eu a conhecia. Era a minha empregada. Mas uma grande amiga minha! Laura! E havia lembrado que aquela casa era minha!

- Ei! Você.. É você!   - Digo sorrindo.

Era como se um peso havia sido tirado de mim. Mas então, assim que ela me olhou, fui levada para meu antigo quarto, mas com a parede em letras cursiva e o que foi usado para ser escrito, era um vermelho cor de..

Um estalar de dedos se ouvia ao meu lado. Olho para a pessoa que me chamava a atenção, e vejo uma mulher, eu não conseguia ver ser rosto igual Laura.

- Filha, tudo bem? Você não me respondeu se está feliz com o presente.

Filha?... Olho para minha mão e vejo a chave do carro ali.

𝑀𝑖𝑛ℎ𝑎 𝐻𝑢𝑚𝑎𝑛𝑎? 𝑂𝑢 𝑀𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑖𝑜𝑛𝑒𝑡𝑒? | JASON T. MAKER +16Onde histórias criam vida. Descubra agora