Senti sua falta amigo

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Boa leitura

O palhaço andava de um lado e para o outro no quarto da jovem, esperando a mesma acordar. Ele havia a colocado em sua cama e deixado seu corpo coberto pelo enorme edredom que ela tinha ali, não sabia muito bem o motivo mas Jack se importava com a garota, queria a ver bem mas ao mesmo tempo queria fazer ela sofrer em suas mãos, foi então que ele teve uma ideia, se lembrou de seu velho amigo Isack e decidiu repetir a dose, mas gostaria de fazer isso com Zoe acordada, ela precisava presenciar aquela cena, pouco lhe importava se isso iria deixar a garota traumatizada, afinal, ele também estava com um leve trauma daquela coisa estranha que os irmãos estavam fazendo a um tempo atrás.

— Ei, criança... Acorda! - Ele cutucava delicadamente a bochecha rosada de Zoe. Sua aparência não estava mais tão assustadora como antes, ele agora estava com sua aparência semelhante a um homem normal, com quase dois metros de altura e uma arcada dentária diferente, sem contar a roupa bizarra de palhaço.

— J-Jack? - Sem abrir seus olhos ainda, a garota vira seu rosto na direção de onde imaginava que seu amigo palhaço estava, lentamente, seus olhos se abrem e vão de encontro aos olhos de Jack. Sem saber bem o motivo, a garota se sente aliviada e abre um pequeno sorriso para o palhaço. — Senti a sua falta, amigo...

— Sentiu? - Um tanto confuso com a reação da garota, o palhaço se senta ao lado dela na cama e cutuca a testa dela com seu indicador. — Será que está delirando...? - Pergunta a si mesmo enquanto continuava cutucando a garota.

— Eu estou bem, seu palhaço bobo! - Levanta da cama e da alguns petelecos na testa do palhaço, rindo logo em seguida. — Fico feliz que esteja aqui, é a única "pessoa" que eu tenho agora... Se é ou não um ser da minha imaginação eu já não me importo, o importante é que você está aqui. 

— Aí, garota! Eu sou bem real para a sua informação!! - Ele se levanta bruscamente e encara a jovem que parecia bastante tranquila com sua presença, assim como antes. — Ei, criança... E se jogarmos um jogo? - Sua expressão muda drasticamente para um ser psicopata, deixando a garota com um leve medo mas ainda assim, curiosa.

— Um jogo? Eu... Adoraria mas não estou com cabeça pra isso, aconteceu algo horrível comigo e estou um pouco dolorida. - Ao se lembrar do abuso, Zoe se deita novamente em sua cama, se segurando para não chorar na frente daquele palhaço. — Eu sinto tanto nojo de mim, eu não quero sair daqui...

— Está falando daquela coisa estranha que seu irmão fez com você? Me diga... O que era aquilo? E porque estavam sem nenhuma roupa? - O palhaço parecia inocente em suas palavras, pois até então ele só havia presenciado torturas e assassinatos, o que fez ele ser o que é hoje.

— Você viu? Você ficou assistindo tudo sem fazer nada?!! - Novamente ela se levanta de sua cama, extremamente chateada e constrangida pelo seu melhor amigo ter visto ela nua, também estava com raiva por ele não ter ajudado ela.

— Eu estava preso naquela caixa fria graças a você!! - Sem paciência, Jack agarra os braços dela com uma certa força, a empurrando na cama logo em seguida. — Ainda não respondeu minha pergunta.

— Aquilo foi um estupro, Jack! Meu irmão abusou de mim... Entende? - Jack nega com a cabeça e fica encarando a garota com uma expressão de dúvida em seu rosto, Zoe se esforça para segurar o seu choro e logo começa a explicar. — É normal os seres humanos fazerem aquele tipo de coisa, todos os seres humanos fazem isso depois de uma certa idade. Mas, quando um dos dois não está de acordo, quando isso é feito contra a vontade de um dos dois, é chamado de estupro, é errado, um crime...

— Seu irmão é um criminoso então? - Jack diz com a expressão mais natural possível, prestando atenção na breve explicação da garota. — Por que os humanos fazem isso? É tão estranho... 

— É assim que os seres humanos se reproduzem, os animais fazem isso mas de uma forma diferente. Todos nós existimos através desse ato e eu acho que você também... Eu acho, não sei como você surgiu, mas é basicamente isso aí. - Explicava a garota um pouco impaciente, pois se sentia falando com uma criança e estava também um pouco constrangida de ter que falar sobre tal assunto para um "homem"

— O seu pai também fazia isso? Quando ele trazia garotas pra cá era pra matar ou fazer uma autópsia enquanto elas ainda estavam vivas. Era um jogo bem interessante de se ver, foi divertido brincar disso com ele quando ele finalmente me libertou. - O palhaço dizia com naturalidade na voz, sem notar os olhos arregalados da garota.

— Meu pai era... V-você matou ele?! - As informações eram muitas para a garota processar de uma vez, suas mãos tremiam e ela suava frio, pois sabia agora que estava diante de um palhaço assassino. Mas, após pensar um pouco melhor, a garota pensa em usar essa personalidade do amigo ao seu favor, assim ela poderia esquecer de uma vez por todas do que seu irmão fez. — Posso te pedir um favor?

— Não sou muito de cumprir favores, mas diga mesmo assim, vou ver o que posso fazer.

— Nunca vou superar o que aconteceu aqui comigo e com meu irmão. Então... Tire a minha vida. - Ela faz seu pedido em voz baixa, ela dizia de uma maneira fria, o que acaba deixando o palhaço confuso e com uma pontinha de orgulho de sua menina.

— Sendo assim, é melhor matar o seu irmão, certo? Não podemos deixar um criminoso solto por aí. - Jack se aproximava da garota enquanto dizia essas palavras com um enorme sorriso em seu rosto. — Vamos fazer com ele o mesmo que fiz com o seu pai... - Sussura suas últimas palavras no ouvido da garota, antes de soltar uma gargalhada agonizante que deixava a garota completamente em pânico, sem saber o que responder.

— Zoe, o que tanto você fala aí? - A porta do quarto de repente se abre, revelando o rapaz nojento que abusou sua irmã. Jack fez total questão de que ele visse a sua imagem. 

Antes de Ryan poder gritar, o palhaço estica seus enormes braços e agarra todo o corpo dele, o jogando na parede e vendo ele cair no chão logo após isso. Com suas próprias garras, Jack começa a rasgar a pele do pescoço dele, vendo o mesmo gritar e se debater sem parar.

— Veja, Zoe! Irei fazer com ele o mesmo que fiz com o seu pai. - Após falar isso, Jack corta a língua daquele jovem e arranca seus olhos. — Venha, minha amiga... Vou deixar que finalize o serviço. - Ele entrega uma faca na mão da garota apavorada que assistia a cena com lágrimas escorrendo de seus olhos.

O medo e a sede por vingança toma conta da jovem Zoe, sem pensar duas vezes, ela agarra a faca que estava em sua mão e corre em direção ao seu irmão. Ela sobe em cima dele e lhe atinge uma facada no coração, se deixando levar pela adrenalina, ela atinge inúmeras facadas no peito e estômago do rapaz. Jack presenciava a cena com um sorriso de satisfação em seu rosto. Zoe após ter total certeza de que seu irmão não tinha mais vida, larga a faca no chão e fica em silêncio por um momento.

— Está tudo bem, Zoe? - Jack apoia sua mão no ombro da garota, estando pronto para abraça-la quando começasse a chorar. Mas ao invés disso, a garota começou a rir loucamente, dava altas gargalhadas enquanto seus olhos estavam arregalados.

— Vamos fazer de novo! - Zoe vira seu rosto todo sujo de sangue para o palhaço, abrindo um enorme sorriso em seu rosto.

— Vá tomar um banho, garota. - Jack a guia até o banheiro do quarto, fechando a porta logo em seguida e se dirigindo ao corpo do estuprador que estava ali morto em torno de todo o sangue espalhado pelo chão do quarto.

Enquanto a jovem Zoe tomava seu banho, Jack se livra daquele corpo e limpa todo o sangue que estava no quarto, após isso, ele fica sentado em frente a porta do banheiro para esperar sua amiga sair de seu banho.

Meu palhaço, minha menina Onde histórias criam vida. Descubra agora