Boa leitura
A faca passava pela parede daquele beco enquanto a garota segurava em seu cabo andando em passos lentos na direção de uma criança que não aparentava ter o menor medo do que ela poderia fazer com ele. Em um piscar de olhos, o garotinho pode ver Jack gargalhando loucamente enquanto um sorriso psicopata fica estampado no rosto daquela adolescente e ao piscar novamente, ele simplesmente tem a mesma visão de antes, mas dessa vez sentindo medo do que poderia lhe acontecer ali.
— Mamãe nunca ensinou a você que roubar é feio? - Zoe diz em voz baixa, se curvando um pouco para ficar na altura da criança, estando bem próxima do rosto dele.
— Tá legal, garota. Manter uma pequena distância é sempre bom. - O palhaço interrompe o momento puxando o garoto um pouco para trás para se afastar de Zoe.
A jovem decide ignorar o ciúme de seu amigo palhaço e mostra sua língua para ele enquanto a criança a sua frente olhava para o palhaço já com lágrimas nos olhos, apavorado como nunca havia ficado em toda sua vida.
— Qual é... Eu não sou tão feio assim, pirralho. - O palhaço se finge de ofendido e se senta no chão com uma expressão de tédio, apenas esperando a garota matar logo a criança criminosa.
Assim que o garotinho se vira para Zoe, a mesma faca que a minutos atrás passava pela parede faz um profundo corte no pescoço dele. O palhaço abre um sorriso psicopata em seus lábios e estica seus enormes braços para envolver todo o corpo da criança, assim quebrando todos seus ossos. Após um tempo observando a criança perdendo sua vida, Jack espalha diversos doces coloridos no local.
— Boa garota. - O palhaço se aproxima de sua menina e se curva para alcançar o tamanho dela, assim podendo beijar seus lábios sem se importar com quem fosse ver tal cena.
Enquanto os dois se beijavam naquele beco, um certo detetive estava ali parado no semáforo que havia bem em frente o local, assim podendo ver a criatura beijando a garota enquanto um corpo de uma criança jorrava sangue bem próximo a eles, vendo também as balas espalhadas pelo local, podendo finalmente dizer que já sabia exatamente quem eram as mentes por trás de tudo isso. O palhaço finaliza o beijo com uma leve mordida no lábio de Zoe, já se virando para o detetive que ele sabia que já estava um tempo ali.
— Olá, Henry. - Jack diz deixando seu rosto bem próximo ao vidro do carro do detetive, estendendo para ele o mesmo pirulito que o mesmo havia pegado na cena de crime anterior.
O detetive fica um tempo ali parado para poder processar todas as informações que haviam simplesmente explodido em sua mente. Sem tirar seus olhos da criatura a sua frente, Henry pega o pirulito que o palhaço lhe oferecia e logo abre aquela embalagem, colocando o doce em sua boca.
— Caraca o Pennywise teve um filho, maluco! - Essas foram as últimas palavras do detetive, antes de cair na gargalhada junto com Zoe que ria feito doida atrás de Jack.
O palhaço fica confuso, pois não sabia ao certo o motivo da graça. Ele então decide ignorar isso e aproveitar a distração do detetive para fugir dali rapidamente com Zoe ao seu lado. Depois de se recompor das gargalhadas, Henry estaciona seu carro e vai a caminho do corpo da criança que estava morta naquele beco.
— Bem, se eles estão afim de brincar... Então vamos brincar.
***
— Quem diabos é Pennywise? - O palhaço dizia enquanto observava a garota que ainda ria de sua cara.
— É um palhaço assassino de um filme. - Zoe respondia enquanto procurava imagens de Pennywise em seu celular. — Esse palhaço aqui, assim como você ele não deixa as crianças em paz.
— Que puta graça isso aí... - Jack olhava sério para a imagem que Zoe lhe mostrava, se jogando na cama dela logo em seguida.
— Temos coisa mais importante para nos preocuparmos agora. Aquele detetive pegou a gente, não é? - Dizia a garota demonstrando estar bem tranquila apesar de seu nervosismo e medo de perder seu melhor amigo.
— Ele viu a gente mas quem vai acreditar que um palhaço enorme e bizarro é o assassino? Ele não tem provas de que somos nós, não sabe nossos nomes, nossa localização e sua aparência é tão comum que por mais que ele descrevesse você, ele teria inúmeras opções e é capaz nem de se lembrar da sua cara.
— Jack e se ele nos pegar, ele vai tirar você de mim, eu tenho muito medo... - Zoe se segurava para não chorar e sobe no colo dele, o abraçando fortemente.
— Do jeito que você anda, acho que seria capaz de matar até o Jeff the killer que é uma coisa que nem o Slenderman conseguiu. O que seria um mero detetive comparado a isso? Podemos acabar com a vida dele assim. - Jack estala seus dedos na frente do rosto da jovem. Abraçando a mesma mesma para a confortar. — Só vai me perder se você morrer, coisa que só vai acontecer se eu mesmo fizer isso.
Após isso, a garota apenas revira seus olhos e continua abraçada ao seu melhor amigo, corando extremamente quando ela sente as mãos dele apertando sua bunda, permanecendo com as mãos ali e dando um fraco chupão no pescoço dela, o que causaria uma forte marca por conta de seus dentes pontiagudos.
— Seu palhaço pervertido.
— Fazer o que se eu adorei esse jogo. - Ele responde com um enorme sorriso malicioso em seus lábios, deitando ela na cama e ficando por cima dela, sem nenhuma enrolação para que ambos tirassem suas roupas.
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Meu palhaço, minha menina
Hayran KurguCONCLUÍDO Após a morte de Isaac, Jack Risonho voltou para a sua caixa triste e solitário, sem nenhuma esperança e se entregando novamente a solidão. Anos se passam e uma pequena família se muda para aquela casa, aquela família se tratava de uma mul...