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Mesmo com a tamanha tristeza, Jack e Zoe continuam com o plano. Jack já havia pegado todos os criminosos, faltava apenas Thomas e o cosplay. O detetive já tinha em mente tudo o que iria falar para o delegado, por mais que não quisesse ver ele depois da última vez.

— Está tristinha ainda? - Jack pergunta abraçando a Zoe enquanto ela dava os últimos retoques na roupa.

— Eu estava gostando da ideia de ter uma família com você. Seria bom se você pudesse me engravidar... - Zoe força um sorriso e passa sua mão pelo rosto dele delicadamente.

— Eu posso fazer isso... Fica aí! - Jack a deixa de pé no chão e pega uma das canetas da garota, levantando a blusa dela um pouco. — Isso pode fazer cócegas então é bom você ficar paradinha.

Após o seu dito, Jack começa a desenhar na barriga da garota tudo o que tem ali dentro detalhadamente, desenhando também cada detalhe do útero e desenhando também um bebê ali dentro. Para dar o toque de genética do pai, ele faz um nariz em formato de cone, pegando também algumas canetinhas e deixando esse nariz colorido assim como era o dele.

— Prontinho. Agora você está grávida de Jack Risonho! O nome desse nosso bebê vai ser Risoinho! - Jack dizia com um enorme sorriso em seu rosto, ao ver que sua garota agora sorria e parecia estar se divertindo com a situação.

— Espera! Eu tive uma ideia... - Zoe corre até sua cama e olha embaixo da mesma, puxando dali uma caixa cheia de tintas coloridas.

Zoe posiciona o palhaço com os braços levantados e pernas separadas. A jovem pega as tintas das sete cores do arco íris e um pincel, começando a pintar todo o corpo de seu namorado com cada cor no lugar onde ela conseguia se lembrar. Ela o deixava todo colorido novamente, sorrindo tanto com o resultado quanto com o sorriso do namorado.

— Pronto! Jack Risonho é colorido outra vez! - Ela sorri e logo recebe um forte abraço de seu namorado, sendo toda manchada de tinta por causa dele. — E eu também!

Os dois riram e já foram à caminho do banheiro para lavar tudo.

***

Thomas estava um pouco confuso com tudo que estava acontecendo, todos os criminosos da cidade estavam mortos, e se ele for o próximo? O rapaz então pensa em fugir dali, mas assim que pulou a janela ele pode ver uma enorme criatura a sua frente. Thomas estava tão aterrorizado com a imagem que mal conseguia se mexer, ele sentia um imenso nojo e pânico daquele palhaço.

— Shhh... - O palhaço coloca seu dedo indicador em frente a sua boca, sinalizando para que o rapaz ficasse quieto.

Thomas apenas assente com a cabeça e o palhaço segura em sua mão, o levando para o quarto de Zoe sem dizer mais nenhuma palavra. Ao chegar lá, Jack deixa ele sentado em uma cadeira na frente de Zoe que estava disfarçada. O criminoso estava ainda tão espantado com a figura do palhaço que permanecia imóvel, deixando com o que Zoe o vestisse e fizesse a maquiagem dele sem problema algum.

— O que estão fazendo comigo? - Foi as únicas palavras que o rapaz pode pronunciar. — Quem são vocês?

— Fica quietinho ou vou acabar borrando a maquiagem. - Disse Zoe e o rapaz apenas a obedeceu.

Thomas estava tão confuso que apenas observava tudo sem dizer uma palavra ou tentar reagir, o palhaço ao seu lado fazia com que ele tivesse medo até de respirar.
Assim que Zoe termina a sua parte do plano, Jack pega ele novamente e o leva para um beco, onde o detetive estava ali próximo, esperando pelo barulho que ele iria ouvir.

— Ah, Thomas... Por quê está assim tão apavorado comigo? Você está igualzinho a mim. — O palhaço dizia em tom de deboche, vendo que o rapaz já não estava mais tão em pânico. — Na verdade, você é igual a mim de qualquer jeito.

— O que quer dizer com isso? - Thomas estava trêmulo mas ainda confiante.

— Anda por aí fazendo o mal pois não tem família ou amigos. Está sempre sozinho querendo que todos tenham uma vida tão triste quanto a sua.  - O palhaço dizia enquanto andava em volta do jovem.

— Você não sabe nada sobre mim...

— Ah, não? Foi você quem matou Ryan depois de ter estuprado sua irmã, foi você quem matou uma criança dentro de um beco escuro, é você quem anda deixando doces por todo o lugar, é você quem anda por aí vestindo uma roupa de palhaço para não ser reconhecido, já que todos conhecem o incrível Thomas! Está tão drogado que nem se deu conta de tudo isso, não é? Decidiu incorporar uma Creepypasta pois o velho Thomas já estava muito sem graça.

— Para com isso! - Thomas se abaixa no chão agarrando seus próprios cabelos. O rapaz estava totalmente confuso com aquelas palavras, será que ele realmente fez tudo aquilo? Ele sabia que seria capaz de fazer tais coisas, mas não se lembrava de nada.

— Por que seus últimos alvos eram apenas criminosos? Ah... Eu vejo uma criança lendo revistinha de super herói, essa criança desejava ser um deles. Achou que seria um herói agora, não é mesmo? - O palhaço dizia algo que realmente aconteceu com aquele jovem. Ele misturava a verdade com a mentira para que Thomas acreditasse em cada palavra, fazendo ele se culpar por tudo aquilo. — E agora, Thomas? Você é um herói?

— Fica quieto, palhaço irritante! - Thomas sentia suas lágrimas descendo pelo seu rosto sem parar, ele tremia de medo e se sentia culpado por cada palavra dita por aquele palhaço.

— Então, Thomas... O que acha de morrer no estilo Eyeles Jack? - O palhaço aponta uma arma no rosto do rapaz. Assim que o mesmo abre sua boca para responder, Jack coloca sua arma dentro da boca de Thomas e puxando o gatilho, emitindo um forte som causado por aquele tiro.

O detetive ao ouvir o som do tiro, vai imediatamente ao local e aperta a mão do palhaço.

***

— Aparentemente, pelo o que eu descobri através das redes sociais desse cara, ele tinha um sonho de criança de ser super herói. Ele foi praticando os crimes anteriores aparentemente para adquirir experiência para agora atacar apenas criminosos como ele, na intensão de virar um herói dessa pequena cidade. Ele obviamente não tem uma saúde mental 100%. As provas de seus assassinatos recentes são os doces, as aparições em câmeras de segurança e se analisarmos o corte feito no pescoço da criança daquele beco, vem exatamente dessa faca aqui. - O detetive dava toda a explicação de seu caso para o delegado, colocando na mesa do mesmo a faca que Zoe havia usado para matar a criança,  a faca estava sem suas digitais e dentro de um saco plástico. — Ele pelo visto notou que matar todos os criminosos não faria dele um herói, não sei ao certo o motivo mas sei que ele mesmo tirou sua própria vida com um tiro na garganta, foi o som desse tiro que me chamou a atenção, assim eu o encontrei.

O delegado parecia acreditar na história que o detetive lhe contava, todas as provas citadas pelo mesmo haviam sido apresentadas e de fato batem com o caso contado pelo detetive. Sem nenhuma dúvida em relação aquela história contada e comprovada pelo detetive, o delegado declarou caso encerrado, dando um aperto de mão um tanto estranho na mão de Henry e lhe agradecendo pela ajuda.



Até a proximaaaaaaaaaa

Meu palhaço, minha menina Onde histórias criam vida. Descubra agora