◖ℙ𝕆𝕊𝕊𝔼𝕊𝕊𝕀𝕍𝔼◗𝘚𝘩𝘶𝘫𝘪 𝘏𝘢𝘯𝘮𝘢

Cᥲρίtᥙᥣ᥆ 11

— Te assustei? — Jhone pergunta sorrindo cínico enquanto fechava a porta atrás de se.

— Um pouco... — termino de coloco o último livro na prateleira e olho para ele meio desconfiada. Já sentindo o clima estranho.

— Desculpa, não foi a minha intenção. — pediu vindo em minha direção. — Mas e ae, o seu castigo foi ler livros chatos? — pergunta parando ao meu lado, olhando para os livros nas prateleiras.

— Na verdade não. — dou de ombros e pego minha bolsa que estava na cadeira onde eu estava sentada antes, a coloco nas costas. — Eu só não queria volta pra sala e vim pra cá ler um pouco.

— Então não levou nenhuma advertência? — me encarou curioso enquanto folheava um livro de cabeça para baixo.

— Não, só uma bronca. — digo simples.

— Entendi. — ele para a mais o menos um metro a minha frente e fita todo meu corpo. — Mas enfim... — diz jogando o livro pra trás o deixando cair no chão e vem mais em minha direção. — Posso te fazer uma pergunta?

— Já fez.

— Que engraçadinha. — sorriu falso. — Mas é sério.

— Diz ae... — dou de ombros me escorando na mesa com as mãos firmadas para trás segurando em suas bordas.

— Você tá namorando aquele merdão do Baji? — perguntou, cruzando os braços a minha frente.

— Já disse que não. — respondi com tédio. Ele abre a boca pra falar mais alguma coisa mas eu o corto. — Olha, Jhone, é o seguinte, Keisuke não é um merdão e eu não 'tô' namorando com ele. Beleza? — disse séria. — A gente é amigo. — ressaltei. — Já disse isso um bilhão de vezes.

— Então se não é ele, quem é o seu namorado?

Suspirei fundo desviando meu olhar. Ele já estava querendo saber demais. Como era irritante...

— Não me diga que é a Shecy... — sorri ladino.

— Não. — franzi o cenho negando com a cabeça. — Meu namorado não estuda aqui. E se me der licença, eu preciso ir. — disse pacientemente passando por ele.

— Espera! — segura meu braço sem ser grosseiro.

— O'que? — paro ao lado dele encarando a porta, desejando cada vez mais passar por ela e ir embora.

— Vamos conversar um pouco, isso não vai te arrancar pedaço, S/nzinha.

Diz com uma voz mansa se posicionando atrás de mim com as mãos nos meus ombros. Estranhei ele ter me chamado pelo nome, sem falar do cheiro estranho vindo dele, mas não sabia indentificar o que era.

— Tudo bem. — suspirei cansada sentindo ele iniciar uma leve massagem. — Pode fala o que você quer.

— Você sabe que eu quero... — sussurra por cima dos meus ombros, perto do meu ouvido me fazendo arrepiar em medo. Aquilo estava tomando um rumo estranho.

— Tá bom, eu entendi... — sorri sem graça me afastando dele e viro para ficar de frente. — Mas eu não quero, e outra, já disse que eu namoro.

— Seu namorado nem precisa saber disso... — sugere, jogando uma mexa do meu cabelo que estava na frente, para trás do meu ombro. — Vai ser só uma ficada rápida, prometo que você não irá se arrepender... — sorri com malícia. — Esse horário às câmeras estão desligadas, você sabe. Ninguém vai nos ver.