Cᥲρίtᥙᥣ᥆ 19

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    Hanma seria capaz de fazer algo com ele?

Calma, Chifuyu. — digo preocupada, sentindo meu coração se acelerar. — O que aconteceu?

O que foi? Por que essa cara, Deus do céu? — Shecy se aproxima, perguntando preocupada também, pela minha mudança de humor.

Tenta falar com calma, não precisa se apressar! — dizia, enquanto ouvia somente o choro sentindo do loiro do outro lado da linha. — Estou te ouvindo. O que aconteceu com o Baji? Ele 'tá bem? — Chifuyu funga e parece limpar seu rosto contendo o choro para conseguir falar.

Ele morreu, S/n... — enfim disse, baixinho e com uma voz triste, cheia de dor.

    Senti como se meu coração tivesse dado o último batimento forte, assim, ficando totalmente lento, meus olhos ficam fixos aos de Shecy que perguntava preocupada sobre o que poderia ter acontecido com Baji, falando que eu fiquei branca de repente.

Morreu? — pergunto novamente, deixando meu corpo cair sentado sobre o banco.

Morreu?! Quem morreu?! — a menina mais uma vez perguntou com preocupação firmando suas mãos no balcão e seus olhos imediatamente se enchem de lágrimas. — Me dá esse telefone! — ela avança, pegando o celular da minha mão e eu continuo imóvel.

    Minha ficha ainda não tinha caído...

Chifuyu? É a Shecy. O que 'tá acontecendo? Onde você 'tá? O que aconteceu com o Baji? — questionava desenfreada, em seguida ficando calada para ouvir o que o loiro falava. — No templo?! — ficou em silêncio novamente, virando seu olhar atordoado para mim. — Ok, ok. Vou falar para ela. — desliga a ligação por fim, colocando o celular em cima do balcão. — Chifuyu 'tá no templo e quer que você vá até lá. — disse para mim, ofegante e com os olhos chorosos. — Eu cuidado aqui da loja e falo com o seu patrão, vai lá ficar com ele.

    Pisco algumas vezes, me levantando totalmente desnorteada.

Então eu preciso ir. — passo a mão pelos cabelos, em seguida pego minha mochila de baixo do balcão e rodeio o mesmo indo em direção a saída. — Fala para o senhor Baro que eu tive que sair urgentemente!

    Ditei por último, passando pela porta em passos largos, que logo se tornaram rápidos quando comecei a correr pela calçada em direção ao templo.

    Chifuyu não parecia estar brincando ou fazendo algum tipo de pegadinha sem graça, e se estivesse eu estava disposta a lhe da uma boa surra. Mas pelo jeito que estava chorando não era brincadeira, ainda sim minha ficha não tinha caído por completo, por mais que já doesse tanto, eu não me convencia, não aceitava que Baji havia morrido.

    Isso não tem nem cabimento!

    Vinha vários pensamentos em minha cabeça, lembranças de momentos com ele, a possibilidade de Hanma ter alguma coisa haver com isso, e toda hora a afirmação de que ele não estava morto, não morreu. Chifuyu se enganou.

     Fui tão determinada que quando vi, já estava templo. Lá estavam reunidos uma boa quantia dos membros da Toman, não eram todos porque a quantidade era pouca, julgo ser os capitães e vice-capitães. Meus olhos percorreram rapidamente por todo o local à procura do loiro até que eu o visse sentado nos degraus do templo junto com um garoto de cabelos platinados um pouco arroxeados, que parecia consolar ele. Fui em direção a eles sem hesitar, passando por alguns rapazes que se encontravam em uma situação crítica de machucados. De relance vi Takemichi de lado, chorando em um canto com a cabeça baixa. Mikey conversava em voz baixa com Draken mais afastado.

◖ℙ𝕆𝕊𝕊𝔼𝕊𝕊𝕀𝕍𝔼◗𝘚𝘩𝘶𝘫𝘪 𝘏𝘢𝘯𝘮𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora