◖ℙ𝕆𝕊𝕊𝔼𝕊𝕊𝕀𝕍𝔼◗𝘚𝘩𝘶𝘫𝘪 𝘏𝘢𝘯𝘮𝘢

Cᥲρίtᥙᥣ᥆ 07 - Segunda Temporada

⚠️ Temas sensíveis.

   “Shhh”… Papai disse que era para eu estar em casa às dez…

Que horas são?

— Espera! — empurro Kisaki e me afasto, sentido os dedos de Hanma escorregarem para fora de mim, o que me faz gemer pelo movimento brusco quando me afastei dos dois. — Porra… — mordi os lábios, tentando ajeitar meu vestido no lugar novamente. Eu estava tão molhada que estava desconfortável…

    Me viro para eles novamente e ambos estavam em pé um do lado do outro encostados na cômoda. Kisaki agora sem camisa, me permitia ver seu peitoral magro e com poucas definição pela primeira vez na vida, a expressão de seu rosto não revelava muito coisa, embora parecesse bastante incomodado com a ideia da minha rejeição, mas seu olhar era compreensivo e curioso diante do fato de eu ter quase corrido deles. Já Hanma ao seu lado, tinha um sorrisinho maroto nos lábios ao me fitar com a cabeça levemente tombada para o lado. Outra coisa que reparei, eram os visíveis volumes em suas calças.

— O que foi, amorzinho? — perguntou Shuji, arqueando uma de suas sobrancelhas. — Não quer?

    Que eu queria tudo aquilo, era um fato indiscutível. Eu queria. Eu desejei. Eu me molhei ao mesmo tempo que ouvia os gritos do meu subconsciente. Ele sussurrava em meu ouvido o quanto aquilo era sórdido, no entanto, eu preferi ouvir o meu prazer. Pensar em quão gostosa seria a sensação de dois homens me tocando, dos dois dentro de mim, ao mesmo tempo me deixava instigada de uma forma diferente, como nunca antes, eu mal podia acreditar que eu realmente gostei daquilo. Eu não sou assim, ou sou?

  Eu não odiava Kisaki no fim das contas, eu só não suportava o fato dele aparentemente me odiar. E eu não sou vadia, eu só estou sendo fraca... Só isso.

— Não sei... — respondi confusa, passando minha mão nos braços como se estivesse com frio. — Quer dizer, eu preciso ir para casa. — ambos me olham, neutros. — Que horas são? — Kisaki é o primeiro a se prontificar, pegando o celular no bolso dianteiro rapidamente.

— Uma e meia. — entoou simples, pondo o celular no bolso de volta. 

— Meu deus! — minhas mãos vão para minha cabeça, sentindo o desespero me invadir.

    Tetta suspira fundo, tenta ajeitar a própria ereção na calça, aparentemente procurando uma posição melhor para que seu pau não o incomode e vai se jogar de bruços na cama, ficando quietinho lá.

— O que vou fazer? — pergunto, quase retórica, no entanto, no fundo, eu desejava que um deles me desse uma solução mais que viável, uma solução sensacional para aquela situação. Não quero que Thomas fique bravo comigo, mas eu não consigo pensar direito, eu não consigo pensar em nada além de como estou encrencada. — Me digam vocês, eu perdi o horário por conta de vocês! — os incentivei em um tom agressivo, revezando em olhar para ambos.

   Hanma estava no mesmo lugar, escorado na cômoda, com uma de suas mãos firmando na mesma e a outra ele deslizou do topo da cabeça até a nuca, bagunçando seus cabelos. Ele parecia preocupado também, entretanto, bêbado tanto quanto eu para pensar em algo que resolva o meu problema.

— Amorzinho... — ele começa, se movendo da cômoda até mim, estendendo sua mão para que eu a pegasse, mas eu o recusei de relance, sabendo que ele não teria uma solução e que, seu abraço agora, me faria colocar para fora toda a vontade que sinto de chorar.