◖ℙ𝕆𝕊𝕊𝔼𝕊𝕊𝕀𝕍𝔼◗𝘚𝘩𝘶𝘫𝘪 𝘏𝘢𝘯𝘮𝘢

Cᥲρίtᥙᥣ᥆ 04 - Segunda Temporada

    Assim que viro a chave na fechadura, ponho minha mão na maçaneta e abro a porta de entrada de casa, levo um susto que me faz dá um passo para trás, em vez de ir para frente. Shira estava parada praticamente em frente a porta do outro lado, a centímetro para ser exata. Estava mais que óbvio o fato de que ela com certeza estava me esperando, ou o Chifuyu, mas a essas horas ele já está em casa...

— Nossa, Sirah, que susto! — dando um sorriso frouxo, ponho a mão no peito, dando mesão ao meu coração acelerado.

— Me desculpe, querida, não pensei que você iria se assustar assim... — ela sorri da forma mais sem graça que já a vi ficar, e sinto que está sendo sincera em relação a não querer me dar um belo susto.

— Tudo bem, tudo bem, eu só não esperava. — relevo, enfim entrando em casa. Ela me dá espaço assim que dou o primeiro para para dentro, logo me virando e trancando a porta novamente, errando a fechadura algumas vezes. Maldita sensação de ter feito algo de errado. — Mas, você estava me esperando? — pergunto ainda de costas.

— Ah, sim. — ela responde simples, me fazendo estremecer ao me virar de frente e encarar seu rosto com traços vagos de preocupação. Eu não tinha exatamente medo dela, mas sim do que ela poderia falar para o meu pai. E antes que eu pergunte, ela diz; — A gente pode conversar?

— Claro. — respondo sem pensar, como se fosse algo programado na minha cabeça, que ligasse no 'Respostas Automáticas' toda vez que fico nervosa. — Sobre o que exatamente? — sorri forçada, tentando transparecer uma tranquilidade inexistente.

— Bem... — ela começa mas logo se interrompe. — Pode ser lá em cima? Não quero que os rapazes escutem. — sorri minimamente, um pouco mais aliviada.

    Saber que não era de seu querer que meu pai saiba de, seja lá o que for, me deixou mais relaxada. E o jeito que ela se referia a Chifuyu e meu pai como "rapazes" era meigo. Eu, ainda meio desconfiada, apenas aceno com a cabeça e acompanho ela até o andar de cima, onde entramos no meu quarto e ela fecha a porta em seguida, mas antes verifica se tinha alguém no corredor. Nós sentamos na minha cama uma de frente para outra, e eu comecei a ficar nervosa novamente.

— Então, que mistério todo é esse? — sorri sem graça. Eu realmente não estava entendendo e nem fazia ideia de que assunto poderia ser esse que ela queria tratar comigo, me deixando aberta para ter vários pensamentos totalmente variados, desde ela saber que eu e Hanma transamos a ela esta grávida do meu pai.

— Eu sei que seu namorado anda te visitando durante a noite. — direta e reta, ela falou, sem qual rodeio, me pegando totalmente de surpresa. Paralisei, surtei internamente por três segundos e sentir medo dela fala para o meu pai novamente.

— Como assim? — acaba saindo um "hehe" sem graça da minha boca em seguida.

    Era para ser uma risada na qual era para transparecer totalmente a minha tranquilidade sobre aquele assunto que eu estava "pronta" para confirmar que era mentira, mas saiu estranho demais ser uma risada tranquila.

— De onde você tirou isso? — sorri de novo, tentando ser o mais natural possível. Impossível.

— Eu e seu pai escutamos um barulho ontem pela madrugada, ele levou para ver, mas para sua sorte eu acordei animada hoje, e da cama para a janela pra mim, foi um pulo. — ela sorri descontraida e eu me encontrava totalmente paralisada, sem entender o porquê dela está falando aquilo com tamanha naturalidade. — E bem, vi seu namorado sai pela janela e intervi seu pai antes que ele visse. — volta a ficar séria, e logo sorri de novo. — Ou vai me dizer que eu estou aliciando ou vendo coisas!?