the gangster's daughter | louis p

34 | Say Something!

Y/N SOMERHALDER

Minha cabeça girava e girava e girava. Eu simplesmente não conseguia entender, como minha vida pôde mudar de uma forma tão drástica? Como Ian poderia ser uma pessoa tão suja a ponto de fazer tamanha loucura em troca de dinheiro?

Não me surpreendia o fato de ele ter nos abandonado pela máfia.

Ian é ambicioso e faria qualquer coisa pelo poder.

— Você pode estar confusa. — disse Payton, lendo meus pensamentos. — Eu posso explicar. Ian já tinha a intenção de infiltrá-la na vida de Louis para se manter próximo de Partridge, e então assim conseguir derrotar Joseph, o que Louis não sabia é que ele também tinha a intenção de matá-lo na primeira oportunidade, ficando sozinho com todo o poder da máfia do Canadá. — meu Deus, isso ficava pior a cada segundo. — Ele então te usou, e tecnicamente usou o Partridge — ele olhou para Louis e depois voltou a olhar para mim que estava ainda paralisada, sem reação alguma, apenas ouvindo com meus olhos marejados de lágrimas. — Ele fez de você a próxima vítima dele, colocou seu nome na lista dos Arquivos, e ele realmente conseguiu cumprir sua missão, infiltrando-a na mansão do Partridge.

Minha cabeça parecia que ia explodir. Coloquei minhas mãos nos ouvidos, eu não queria mais ouvir, as lágrimas começaram a vir e por um momento eu não conseguia mais me controlar, eu estava aos prantos, chorando descontroladamente.

— Hey, fique calma. — Payton se aproximou me abraçando.

— Saia de perto dela, esse papel é meu. — Louis disse se levantando e vindo em minha direção, se sentando ao meu lado e me puxando para o seu peito. Eu me confortei ali sentindo seu maravilhoso perfume masculino, com Payton se afastando e me observando de longe. Eu chorava, e chorava e chorava, sentindo os dedos de Louis acariciando meus cabelos.

Como uma pessoa pode dizer em uma época que te ama e depois simplesmente provocar sua morte? Eu realmente acreditava que Ian fosse apaixonado pela minha mãe, mas tudo não passou de uma mentira.

Quem ama não machuca, não troca e nem vai embora.

— Como ele pôde? — finalmente disse alguma coisa, com minha voz falhada devido ao choro. — Como ele pôde matar a minha mãe? Eu tenho nojo de ter o sangue dele. — gritei com raiva. Louis e Payton se entreolharam, me fazendo cruzar o cenho. — O que houve?

— Não é nada, vai ficar tudo bem. — Louis me olhou com uma expressão de tristeza, pena e amor.

— Não me olhe desse jeito. — disse com raiva, me afastando dele.

— De que jeito?

— Com pena, fora que está sendo gentil de uma forma diferente, você está escondendo algo.

— Tem mais coisas sobre seu passado, mas não é uma boa hora, você já está lidando com uma forte revelação.

— Eu quero saber, não tem essa de saber depois, eu vou sofrer do mesmo jeito, é melhor tudo cair sobre mim agora. — eu e Louis ficamos nos encarando por um longo tempo, até que ele olhou para Payton em busca de resposta. Achei estranho, desde quando Louis e Payton ficaram próximos? — Tem certeza? Não acha que já teve muito por hoje?

— Eu quero saber. — disse determinada, e eu realmente queria. Preferia toda a verdade agora do que ter que sofrer mais depois.