Desejo: Um amor perverso (Beauany Fanfic)

Capítulo Doze.

E LÁ ESTAVA ELE. O rapaz que tanto procurei nos últimos dias, estava aqui, bem a minha frente, com seus músculos tencionados e seus cachos molhados. Tudo nele brilha. Visto que seu corpo todo transmite gotículas de água que, uma vez iluminadas pela luz do luar, transformam Josh Beauchamp em um rapaz mais indecente do que ele já permite ser. Onde ele estava para voltar tão molhado?

Dando devida atenção a forma como ele surgiu, e o linguajar que usou para questionar o que estava acontecendo, é certamente nítido a irritação do loirinho. Ainda sim, Noah parece nem um pouco surpreso em ver o irmão, ou em seu tom de voz que usou para nos abordar. E parece querer provocá-lo, pois posso sentir seu braço pesado envolvendo meus ombros. Eu não recuso. Afinal, que mal tem nisso? É claro, a não ser pelos olhos flamejantes do mais novo, que parece pronto para intervir fisicamente em poucos segundos.

O que está acontecendo para que ele demonstre tanto desgosto?
Ou uma pergunta mais coerente: O que o faz pensar que depois de me deixar tão preocupada com seu desaparecimento, poderia surgir sabe-se lá de onde e desaprovar a situação de encontrar-me abraçada com o Noah, que aliás, é apenas um amigo? E mesmo que não fosse, isso não lhe diz respeito. Não temos nada tão além a ponto de termos esse tipo de ciúmes.

- Onde estava? - Eu me levanto, me soltando do meio-abraço que Noah envolveu-me, mas não por respeito ao loiro, e sim porquê agora teremos uma conversa séria - E por quê está todo molhado?

O garoto continua me encarando, sem se dar o trabalho de me responder.

- Eu te fiz uma pergunta! Onde estava? - indago, botando mais firmeza em minha voz, na esperança que assim perceba que eu estou falando sério.

- Eu também te fiz uma pergunta, e você não me respondeu. Parece que estamos quites então. - ele me rebate. Seu jeito insuportável voltou junto com ele. Ao menos nem tudo está perdido.

- Josh, por favor. Eu fiquei dias preocupada com você. Você poderia ter ao menos nos dado algum sinal de vida. - Viro-me para Noah, à fim de que ele concorde comigo. O engraçado, é que ele simplesmente sumiu em um piscar de olhos. E agora o que sobrou foi apenas nós dois.

- Eu não pedi sua preocupação. - responde ele, atravessando seu quarto para pegar uma camisa limpa, já que a dele está toda suja de lama. Eu me questionaria novamente onde ele estava para voltar em tal estado, mas estou ocupada recapitulando sua resposta.
Eu demonstro preocupação a ele e é isso o que recebo em troca?

- Não faz isso. - peço, sem tirar meus olhos do meu loiro. - Não faz essa coisa.

Mesmo confuso, ele não se dá o trabalho de me olhar enquanto se troca.

- Fazer o quê?

- Não finge que não se importa. - Me aproximo - Eu disse que estava preocupada com você, e você simplesmente...

- Simplesmente agi da forma que deveria. - complementa ele antes que eu tivesse tempo de fazer. Há algo estranho nele. De modo que se ele estivesse tentando se obrigar a agir assim.

- Por que está agindo desta forma? O que aconteceu? - Eu me aproximo mais. - O que aconteceu com você?

Por um momento, ele olha para mim. E a única coisa que consigo ver é incerteza em seu olhar. Pelo o visto esses dias foras não ajudaram ele a encerrar sua guerra interior.