Desejo: Um amor perverso (Beauany Fanfic)

Capítulo Quatro.

   O RESTO DO MEU DIA FOI TRANQUILO ㅡ claro, tirando as partes em que Lizzie me ameaçava de diversas formas, ou achava o pretexto perfeito para me insultar.

Eu voltei para mansão depois de ter feito minha matricula nas aulas da Universidade.

Mesmo depois de horas após o ocorrido, eu ainda não consigo esquecer a estranha e repentina mudança de humor que a tal de Sina teve.

O mais estranho de tudo isso, foi que sua mudança ocorreu depois que eu mencionei morar junto com os Beauchamp. Seria muita coincidência, ou não?

Talvez ela só tenha ficado intimidada, afinal, os Beauchamp são importantes na cidade, além de serem ricos e particularmente estranhos.

Ou talvez ela tenha alguma desavença com um dos irmãos.

E se ela for ex-namorada de um deles?

Okay, agora eu estou viajando. Ou não.....
.....De repente, sou interrompida de minhas dúvidas e pensamentos, por um barulho pesado ecoando de fora do quarto, fazendo com que meu corpo congele em um instinto protetor.

Pode ser coisa da minha cabeça, mas tenho quase certeza de que o barulho vem do corredor. Um som pesado, como se algo tivesse caído.

Não sei se fui movida à curiosidade ou medo, mas quando pude notar, já estava saindo do quarto, em busca da origem do barulho que me tirara de meu conforto.

ㅡ Nicolae? ㅡ Chamo, esperando que alguém mais tenha ouvido. Mas não, não recebo nenhuma resposta, o que me faz ficar um pouco receosa. Um sentimento que só aumentou quando ouvi o barulho novamente, mas desta vez, identificando a origem.

A porta no fim do corredor. É de lá que vem o barulho.

Eu deveria? Provavelmente não. Mas respiro fundo e me aproximo da porta, me rendendo a curiosidade que está praticamente me tomando por completo.

Cada passo hesitante que dou em direção a estranha e solitária porta, é um nível a mais que meu coração acelera.

Minha respiração fica mais pesada, se adequando ao meu nível de tensão.

Com minha mão um pouco trêmula, seguro a maçaneta e respiro fundo, me dando uma última chance de desistir da ideia. No entanto, sem desistir, abro a estranha porta, me deparando com uma escada quase totalmente escura.

Os degraus guiam para baixo. A pouca iluminação do lugar, é responsável pelas luzes do corredor.

Um vento frio percorre por meu corpo, fazendo meus pelos se arrepiarem e minha espinha estremecer.

Chego mais perto da escada, na intenção de ao menos ouvir o estranho barulho novamente, ou enxergar algo. Eu sei que ouvi algo...

Quando estava prestes a descer um degrau, sinto um puxão em meu braço, fazendo com que eu me afaste totalmente da escada, votando para o corredor.

Mal tenho tempo de raciocinar quando sinto uma respiração pesada em meu rosto, deixando meu corpo tensionado, enquanto meus pulsos são presos ao peito do sujeito que está a me interromper na minha tarefa de descobrir o que há descendo as escadas.

ㅡ Parece que temos uma pequena intrometida aqui, não é mesmo, Coitadinha? ㅡ Eu não preciso olhar para a pessoa, para saber quem é. Seu cheiro, sua voz rouca e seu irritante apelido, já me faz adivinhar quem é.