Desejo: Um amor perverso (Beauany Fanfic)

Capítulo Onze: Parte dois.

Eu precisava voltar a minha rotina normal, mesmo depois de tudo o que vi, ouvi, presenciei. Eu mesma quis isso, pois se ficasse presa àquela mansão, minha mente estaria prestes a explodir.
Foi um dia inteiro sem notícia alguma do loiro cujo minha vida virou de ponta cabeça. E tudo o que quero saber é como ele está, onde ele está. Se eu ao menos o conhecesse tão bem, teria ideia de onde ele poderia estar. Mas não tenho, porquê não o conheço o suficiente para isso.

Sinto que, a cada dois passos que damos a frente de ter uma boa relação, algo acontece e então damos três passos para trás. Como um dilema. Um dilema complicado, mas longe de ser falso.

Onde você está, Joshua?

Assim que cheguei na faculdade, foi como se tudo aquilo ao meu redor fosse um monte de besteira. Nada faz sentido. Por que faria? Em um mundo onde vampiros e bruxas existem, ir à escola ou faculdade chega a ser uma ofensa para todos que sabem ou estão envolvidos. Como eu poderia me concentrar em alguma palavra dos professores se a única coisa que soa em minha cabeça é o Josh do meu sonho dizendo que matou a Mia Cooper.
Falando nisso, preciso conversar com Sina sobre esse meu sonho. Se Josh e eu realmente sofremos um acidente, então talvez a cena em minha cabeça seja verdade. Talvez ele tenha tentado apagar minhas lembranças, mas com o colar, elas voltaram enquanto eu estava no meu pequeno "coma".

- Any! - Um grito estridente me tira do devaneio que estava mergulhando sobre. E falando na loira, olha só quem está vindo. - Santa catapora, que susto! - Sua voz continua exaltada até ela se aproximar o suficiente para gritar em meu ouvido. - Se eu ficasse mais um dia sem notícias suas, iria tacar fogo na casa dos Beauchamp.

E por ironia, me lembro que foram dois dias desacordada, sem mandar notícias, logo depois de sair de sua casa com um vampiro nada confiável. Ela deve ter ficado preocupada, e Nicolae ou qualquer outro dos irmãos com certeza não perderiam tempo avisando ela.
Agora seus gritos fazem sentido.

- Ei, eu estou bem. Relaxa. - garanto a ela.

- É, eu estou vendo muito bem que você está ótima. Agora a minha preocupação foi embora. - Um sorriso surge em meu rosto por seu esclarecimento, até que... - Agora eu estou irritada com você! - ela exalta. Meu sorriso se desfaz na mesma velocidade em que surgiu. - Você poderia ter me avisado que estava bem. Eu fiquei preocupada.

E deveria. Ficaria se soubesse que minha tarefa dos últimos dois dias foi ser uma ótima Bela Adormecida.

- Me desculpa, Sina. Eu deveria ter avisado. - Demoro alguns segundos para pensar em uma boa desculpa para explicar minha ausência. - Mas eu realmente precisava desses dias para processar tudo o que está acontecendo comigo. Compreende? - Uso meu melhor biquinho triste. Quer ver não convencê-la assim.

- Ugh. Certo. - Ela se rende - Mas se fizer isso de novo, eu te mato. Está me entendendo, mocinha? - ameaça. Desse jeito ela quase parece minha mãe quando me dava bronca. Estranho.

- Claro, mamãe. - debocho para ela, em um tom de brincadeira. Depois de todo esse discurso, ela se rendeu facilmente. Parecia mesmo uma mãe preocupada.

Sina continuou falando durante nossa caminhada até a sala de nossa matéria. No entanto, minha atenção foi completamente desviada para o professor Sebastian. O estranho, sexy e intrigante Sebastian. Mas, mais especificamente para sua mão.
Ela parece machucada. Está enfaixada com um curativo que faz voltas por toda sua mão.

- O que aconteceu com a mão do senhor Sebastian? - Sina questiona antes que eu tenha tempo de o fazer. E não posso responder sua pergunta, afinal, não sei a resposta.