Desejo: Um amor perverso (Beauany Fanfic)

Capítulo Oito.

EU ESTAVA CERTA de que tentar convencer esses dois jovens a se darem bem, seria uma missão quase impossível. A forma como seus olhares fuzilavam um ao outro em meio a uma tensão instalada entre nós, mostrava que o silêncio falava mais do que mil rebates incessantes. Eles se odeiam, isso é mais do que nítido.

Sina nem ao menos pisca, enquanto Joshua permanesse com seu sorriso estampado em sua face. Aquele sorriso do qual estou mais do que acostumada.

Eles não vão parar com esse jogo do encara enquanto eu permitir.

Ótimo. Eu precisava de uma festa para espairecer e tirar todo aquele cansaço acumulado. Precisava de um momento em que eu pudesse me divertir sem ter que me preocupar com algo. Mas aparentemente, esses dois não vão facilitar minha vida se continuarem se matando pelo olhar.
Desisto.

ㅡ Vocês definitivamente acabaram com o meu clima. ㅡ Suspiro e levanto meus braços, em sinal de rendição para que eles possam entender meu esgotamento sobre essa briga silenciosa.
Me aproximo da porta, que no entanto, antes mesmo que pudesse ter a educação de bater à madeira lisa e escura, a porta se abre, revelando um rapaz não muito sóbrio.

Seu corpo cambaleia para os lados, sua mão segura firmemente a maçaneta, pois caso solte, o moço corre o risco de cair. Ele claramente não está bem.

ㅡ O que estão fazendo aí? ㅡ Sua voz soa bem embriagada. Ele está tropeçando nas próprias palavras. ㅡ A festa é aqui dentro. ㅡ E com um sorriso mole, se afasta, voltando para dentro da casa que está nitidamente cheia.

Não perco tempo. Cansada de permanecer como juíza entre os dois inimigos, entro no local, analisando cada detalhe.
Nada muito convencional. Apenas jovens bêbados dividido entre os que optam por beber, ou jogar jogos para que possam beber cada vez mais, e os que preferem a famosa pregação explícita.
Para minha sorte, eu me encaixo no básico: não bebo.

ㅡ Vou pegar uma bebida. ㅡ Me assusto ao sentir a mão de Sina em meu ombro ㅡ Você vai querer alguma?

Água, serve?

ㅡ Não, obrigada. ㅡ Sorrio de forma indiferente. Não estou brava com ela, mas não estou contente por ter dado bola para Josh e estragado nossos cinco primeiros minutos pós chegada na festa.
Com meu gesto simples, ela se retira, indo em direção à mesa de bebidas, que por sinal, carrega muitos drinks. Parece que estou em um estoque de bar. Esses jovens vão enlouquecer a noite toda.

E assim são as festas de faculdades. Cheias de bebidas, sexo, drogas e até mesmo brigas. Não ficaria surpresa se metade desses jovens pegassem uma DST por não se lembrarem de usar camisinha. Vão estar loucos demais para pensar em usar.

ㅡ Essas festas são uma droga. ㅡ Olho para o indivíduo resmungão.

ㅡ Mesmo? ㅡ Estranho, franzindo a testa ㅡ Eu jurava que você era do tipo que curtia umas festas. ㅡ Rebato ao loiro de cachos bagunçados. Fala sério, é o Josh. Claro que ele curte festas.

ㅡ Eu eu sou. Mas não é qualquer tipo de festa. ㅡ Avança um passo em minha frente, só para não ser atropelado pelos empolgados na dança.

Faz sentido. Ele parece ser aquele tipo que junta seus amigos e algumas garotas, bebe o que tem para beber e então, vão para um quarto transar. Devem ouvir músicas não muito batidas, mas sim aquelas que quando são ouvidas, trazem uma sensação de outro mundo.
Josh não parece gostar de uma baderna. Apenas algo mais organizado e menos mutuado.

ㅡ Any Gabrielly. Você veio. ㅡ Bufo em resposta. Já sei quem é, só pela voz.

ㅡ Pelo visto, sim. ㅡ Respondo ao May, sem muita animação. O rapaz moreno encara o loiro ao meu lado, com um sorriso zombeteiro, mesmo que seus músculos tensionados mostrem que ele não parece confortável por tal aparição. Aparentemente, Josh não foi convidado pelo anfitrião. O que ele faz aqui, afinal?