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Harry passou a noite inteira frustrado porque Louis não estava lá para compartilhar a cama com ele. Por que Louis estava sendo tão resistente?
Ou seu plano teria falhado? No começo ele tinha se deixado levar pela empolgação e não percebeu que seu esquema tinha uma contradição inerente. Ao querer arrebatar Louis, e desejar que o homem o enxergasse de outra forma, ele tinha criado Edward e Brian, homens por quem Louis se apaixonaria. Tinha dado certo........Mas depois de um tempo, Louis reconstruía a barreira entre eles, como se a sua mente o lembrasse que aquele era apenas o seu vizinho.
Mesmo assim, quando Harry estava interpretando aqueles homens, ele falava sobre seus sentimentos, talvez não de modo direto, porém falava. Será que Louis não enxergava o que acontecia entre eles? Apesar da encenação do estranho do trem, era dele que o publicitário estava se aproximando cada vez mais.
Suspirando, ele imaginou que precisava dar um pouco de espaço a Louis.
Do lado de fora da janela, o dia começava a amanhecer e o impressionante cenário canadense surgia devagar. Seu olhar fotográfico ficou aguçado.
Harry havia trazido sua câmera e as lentes na viagem, sabendo que precisava de mais imagens para a sua exposição, porém, até agora, ele esteve concentrado somente em Louis.
Rapidamente vestiu um jeans e uma camiseta, pegou o equipamento fotográfico e seguiu ao vagão de observação. Estava vazio, exceto por uma senhora idosa, de roupa de corrida vermelha e um livrinho de palavras cruzadas no colo.
- Vejo que não sou o único que acorda cedo. - O fotografo falou com um sorriso gentil.
Ela retribuiu o sorriso.
- Sempre fui de acordar cedo. Tenho o hábito de sair da cama pelo menos duas horas antes do George, meu marido. - Ela gesticulou para a câmera. - Você é fotografo profissional?
Harry assentiu.
- É uma grande paixão, há muito tempo.
O trem passou por uma curva e um tom rosado refletiu no rosto da senhora.
- O amanhecer é meu horário preferido do dia. É tão belo. Não acredito que meu marido prefere ficar dormindo ao invés de comtemplar a divindade da natureza.
Vendo a luz em suas bochechas, tão suave quanto um lenço de papel, o belíssimo cenário atrás dela e o livro de palavras cruzadas, Harry ergueu a câmera. Era uma luz difícil de captar, mas valia a tentativa.
Ele bateu algumas fotos enquanto ela admirava a vista, aparentemente sem notar que ele a estava fotografando.
- Cenário impressionante não é? - Perguntou ela.
- É, sim. - Deu uma olhada nas fotos que tinha tirado e escolheu a melhor. - Olha só que linda.
Ela rapidamente olhou para a câmera e sua mão voou para a testa no mesmo instante.
- Meu Deus. Eu achei que você estivesse fotografando o cenário.
- Sim, mas a senhora faz parte dele. - Disse dando de ombros.
- Você tem talento jovem. - Disse sorrindo, depois observou mais atentamente a imagem.
- Se me der o seu email, eu mando uma cópia para você.
- Que adorável, é logico que vou querer. A propósito meu nome é Elisa.
Harry pegou o caderno que registrava ás informações fotográficas, fez algumas anotações sobre a foto que tirou e anotou o endereço da senhora.
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The Neighbor
FanfictionLouis e Harry são apenas melhores amigos e vizinhos de corredor, para a infelicidade do cacheado que nutri sentimentos pelo doce homem de olhos azuis desde o momento em que se mudou para aquele prédio. Quando Louis precisa comparecer ao casamento de...