Louis
A estrada ferroviária que ia de Montreal a Toronto, era uma velha amiga. Eu a pegava pelo menos uma vez por mês, quando preciso fazer viagens de negócios.
Ao me acomodar em uma poltrona confortável, junto a janela, tomei um gole de café expresso e dei uma bela espreguiçada. Sim, haveria estresse de família ao longo de duas semanas seguintes. Mas o principal era que a minha irmã iria se casar e eu tinha duas semanas de férias.
Eu tinha mudado de roupa no trabalho, deixando minha personalidade profissional, para trás, no escritório. Optei por vestir meu jeans predileto e uma blusa comprida.
Olhei pela janela, vendo o movimento da estação subterrânea, imaginando quem sentaria ao meu lado.
Torcia para que essa tarde eu tivesse um companheiro de viajem que estivesse afim de conversar, pelo menos por parte das quatro horas e meia até chegar em Toronto.
Talvez um homem bonito e charmoso? Não. Não fazia nem três semanas que o cara que eu namorava tinha me dispensado. Meu coração não se recupera tão depressa.
Pensar em relacionamentos me fez lembrar de minha conversa com Harry no sábado a noite. Ele tinha razão quanto a minha tendência de me apaixonar perdidamente. Era como ter uma linda roupa que eu precisava ter. Os homens que tive em minha vida eram todos lindos, sensuais e fascinantes, então como não me apaixonar perdidamente ?
Claro que se tratando de roupa depois de experimentar, eu sabia que ficaria bom e a etiqueta era uma garantia de qualidade. Com um homem, talvez eu falhasse em olhar além da superfície, checar a verdadeira qualidade e compatibilidade, em termos de personalidade e valores. Talvez esse fosse o motivo para que tantos homens acabassem me decepcionando.
Em outros casos, eu que temia decepcioná-los. Eu não era suficientemente bonito, empolgante e sexy para prender a atenção deles. Eles sempre seguiam adiante e arranjavam outro.
Uma ideia depressiva. Porém sendo um homem de ação, eu não ficaria pensando nisso. Na verdade, eu precisava de um plano para não repetir o mesmo erro. O que eu precisava fazer era evitar a parte de me apaixonar perdidamente. Atração era legal, mas eu tenho que me dar um tempo para o amor, até que conhecesse o cara por .......ah, talvez um mês. É isso fazia sentido. Depois de quatro semanas de namoro, eu me concentraria em conhecer o homem por trás da fachada, e com sorte, poderia identificar qualquer falha importante. E também, se ele estivesse se cansando de mim, provavelmente haveria sinais.
Satisfeito pela minha abordagem proativa, eu concentrei minha atenção para fora da janela, apreciando o fervilhar de atividade na estação movimentada.
Um homem chamou a minha atenção. Bonito, másculo e completamente maravilhoso. Pude notar que carregava duas bolsas pretas penduradas no ombro e na outra mão segurava um blazer. Usava uma camiseta branca que ficou ótimo no seu corpo de ombros largos e uma calça social preta que ficou muito bem devido o quadril estreito e pernas largas. Ele tinha um cabelo castanho claro e um rosto tão angelical.
Havia algo familiar nele. Será que eu o conhecia ? Não, eu certamente me lembraria desse homem.
Os dentes brancos reluziram num lindo sorriso enquanto ele conversa com uma mulher de cabelos grisalhos e que usava um lindo vestido vinho.
Ah, era isso. Ele me lembrava Harry, ligeiramente com seu porte atlético, a beleza e a simpatia em ouvir atentamente quando estavam falando com ele.
Ele gesticulou para a mulher, provavelmente sua avó, em direção a bilheteria, depois foi atrás, segurando suas malas. Eu estreitei os olhos, torcendo para que ele olhasse em minha direção. Mas o mesmo nem sequer me avistou.
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The Neighbor
FanfictionLouis e Harry são apenas melhores amigos e vizinhos de corredor, para a infelicidade do cacheado que nutri sentimentos pelo doce homem de olhos azuis desde o momento em que se mudou para aquele prédio. Quando Louis precisa comparecer ao casamento de...