Capítulo XIII

1K 157 128
                                    


Louis


Tomar um banho......... A ideia parecia tentadora e deliciosa, mas......

- Ás pessoas estão começando a ir dormir. - Eu disse. - Algumas vão tomar banho antes de deitar. - Seria constrangedor se alguém nos visse entrando ou saindo juntos do banheiro.

- Nós jogamos o dado por mais um tempo e depois tomaremos o nosso banho antes de dormir. - Ele parecia que sempre tinha uma resposta na ponta da língua.

Pegou uma das cartas e fez uma cara não muito agradável.

- Qual é o seu maior temor nesse momento?

Enquanto ele refletia, pensei em como eu responderia essa pergunta. Cheguei a conclusão de que a resposta seria '' não ser amado''. Amado incondicionalmente, por um homem especial. A ideia de que isso nunca aconteceria era aterrorizante.

Harry olhou a carta, mas seu olhar estava desfocado. Será que essa seria uma pergunta tão difícil para ele?

- Você não precisa responder. - Eu o lembrei. - Mas vai ter que voltar duas casas.

Ele lentamente levantou os olhos e focalizou meu rosto.

- Tenho medo de não conseguir o que eu mais quero.

- Essa resposta não vale. Você precisa dizer o que mais quer.

Ele sacudiu a cabeça negando e andou com o cupido para trás.

- Deixa de ser covarde. Diga, o que você mais quer?

Pegando seu copo de espumante, ele me deu um sorrisinho malicioso.

- Te levar para o banho.

Revirei os olhos.

- A pergunta se refere a algo mais significativo.

- Foi por isso mesmo que a minha peça voltou para trás. Não sei o que você diria se soubesse da minha resposta. - Ele tomou o restante do copo e levantou para pegar a garrafa.

Se a intenção dele era aguçar minha curiosidade, ele tinha escolhido o método certo.

- Sua vez, Louis. - Disse com um sorriso de lado.

- Certo, tudo bem. - Resmunguei. Joguei o dado, andei as casas e peguei uma carta de ouros. - Descreva o gosto e o cheiro do seu parceiro.

A carta me fez rir.

- Quer me experimentar, meu bem?

Eu me inclinei por cima do tabuleiro, na direção dele, que me encontrou no meio. Imaginado que ele esperasse um beijo, lambi seu rosto, provocando uma risada. Depois peguei sua cabeça com ás duas mãos, segurei firme, pousei os lábios nos dele e comecei a pesquisar sua boca, com a língua. A cada lambida, meu tesão aumentava e seu suspiro trêmulo me dizia que ele se sentia da mesma forma.

Dei um murmúrio de prazer e logo recuei.

- Espumante, com toques de alecrim e café. Saboroso.

- Essa resposta não é muito boa. Você só disse o que eu bebi.

Me aproximei um pouco mais e lambi seu pescoço, fui descendo, dando lambidas suaves

Ele soltou um gemido baixinho.

- Tenho gosto de que?

Eu o soltei e sentei de volta no meu lado da cama.

- Um pouquinho salgado e um pouquinho de almíscar.

The NeighborOnde histórias criam vida. Descubra agora