Epílogo

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Cinco anos depois 


Harry

Quando conto a história da viagem do trem e explico detalhadamente como consegui conquistar o amor do meu vizinho sorridente, algumas pessoas dizem que sou louco já outros me parabenizam por ser um romântico a moda antiga. E talvez, eu seja um pouco dos dois.

Eu particularmente nunca me importei com o amor, sempre achei isso uma grande bobeira. Passar o resto da vida com uma só pessoa estava totalmente fora de cogitação. Em outras palavras.........digamos que de certa forma eu gostava de ser um cafajeste, era apenas sexo que meu corpo procurava e isso me saciava. Mas quando cheguei naquele velho prédio de tijolinhos laranjas, e avistei pela primeira vez a beleza da preciosidade chamada Louis Tomlinson, bem, foi naquele exato momento que ás coisas mudaram. Meu coração bateu descompassadamente e  pela primeira vez entendi o verdadeiro significado do amor.........Porém como nem tudo é perfeito, ele deixou mais do que claro que me desejava em sua vida somente como um amigo. O quão irônico isso poderia ser? nunca tive dificuldade para conseguir conquistar ninguém, mas a única pessoa que eu queria não estava nem aí pra mim. E por dois longos anos estive preso nessa berlinda de melhor amigo. 

A viagem do trem surgiu como a grande oportunidade de abrir seus lindos olhos azuis, mostrando a ele que erámos feitos um para o outro. Felizmente, eu consegui, e hoje posso dizer que sou o homem mais feliz do mundo. Sou feliz porque vou passar o resto da minha vida ao lado da criatura teimosa que tanto amo, e isso é motivo suficiente para acordar sorrindo todos os dias.

Des do casamento da Lottie, que a propósito estava incrível, muita coisa mudou. No ano seguinte fizemos uma curta viagem até a Inglaterra para que Louis pudesse conhecer seus futuros sogros. Foi um desastre completo, meus pais fizeram questão de deixar claro que não haviam gostado dele. Família pretenciosa e arrogante, pelo menos isso temos em comum já que até hoje os pais de Louis me detestam. No começo ás opiniões incomodavam, mas depois de um tempo aprendemos a dispersar comentários ignorantes dos familiares, dessa forma nitidamente a felicidade aumenta.   

Nós compramos uma casa a cinco quarteirões do nosso antigo prédio. Havíamos feito algumas modificações para ela ficar do nosso jeitinho, a decoração acabou ficando por responsabilidade do meu marido porque eu não tinha a mínima paciência para entender a diferença entre branco e gelo ou então qual sofá combinava mais com a sala de estar, Louis administrou todo o processo deixando nosso lar deslumbrante, enquanto eu assentia e fingia entender o assunto. Mas o que realmente me encantou foi o jardim, o florescer das cerejeiras na primavera é totalmente encantador assim como os últimos raios do pôr-do-sol preguiçoso que sempre refletem nas paredes alaranjadas. 

- Relembrando o passando? - Meu marido disse chegando de surpresa com uma xicara de chá em mãos.- O que você tanto olha nesse álbum?- Retirou as almofadas para se sentar ao meu lado no sofá, porém fui mais rápido puxando sua cintura e o fazendo se sentar no meu colo. Ele se ajeitou no meio das minhas pernas e com a outra mão segurou o álbum, um sorrisinho amável acabou se formando em seus doces lábios.

- Hoje, eu estou um pouco nostálgico.- Balancei a cabeça em sinal de negação quando ele me ofereceu um pouco do chá, em vez disso descansei a cabeça no ombro e o abracei ainda mais forte. - Sabe amor, é tão bom relembrar o passado. Me sinto feliz demais por ver você ao meu lado em todas essas fotos. 

 - Eu também te amo muito. Ás vezes não acredito que demorou dois anos pra gente ficar junto.

- Pois é Senhor Styles.- Disse sarcasticamente, porém amava chamá-lo dessa forma. - A culpa é toda sua.

Louis revirou os olhos.

- Tudo bem, talvez eu tenha um pouco de culpa. Mas só um pouquinho. - Ele realmente conseguia ser muito cara-de-pau.

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